Um motorista de aplicativos, vítima de bala perdida, recebeu alta do hospital e conversou pela primeira vez sobre o que com a equipe da TV Vitória. O profissional foi surpreendido por um tiroteio na noite do último sábado (10), após aceitar uma corrida para o bairro José de Anchieta, na Serra.
Motorista de aplicativo há 6 anos, ele contou que foi atingido com um disparo no braço, e as cicatrizes ainda estão no corpo. “Foi um livramento, só tenho a agradecer”.
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De acordo com o relato do condutor, ele havia saído de casa às 18h da tarde, com o objetivo de retornar às 6h da manhã, como de costume. No entanto, por volta das 23h a vítima aceitou uma corrida para o bairro onde tudo aconteceu.
Rua estava cheia de crianças
“Fui até o bairro José de Anchieta buscar uma pessoa e levar para a Praia do Canto. Estava acontecendo uma Quermesse, festa junina em uma igreja. As crianças estavam brincando na rua, eu estava esperando elas passarem, quando ouvi barulhos de tiro”, explicou.
Na ocasião do crime, o Folha Vitória publicou uma matéria sobre o caso. Ainda segundo o motorista, as famílias participantes da festa religiosa entraram em pânico e começaram a correr ao ouvir os disparos.
O motorista contou também que esperou todas as crianças serem removidas da rua em segurança e não viu de onde as balas foram disparadas. “Quando as mães retiraram as crianças da rua, aí sim eu prossegui. Comecei a sentir algo quente no meu braço, até então eu não sabia que havia sido baleado”.
Disparo atravessou braço da vítima
Um dos disparos havia passado pelo vidro do veículo, atravessado o braço da vítima e se alojado na porta do carro, onde ainda permanece. Ao perceber o ferimento, o motorista dirigiu até o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) do município de Serra para pedir socorro.
“Fui até o DPJ de Laranjeiras e os policiais me socorreram, sou grato a eles. Me deitaram e acionaram a ambulância. Fui atendido e já me transferiram para o Hospital”.
Após receber atendimento, a vítima foi levada para o Hospital Jaime dos Santos Neves. O motorista, que relatou nunca ter passado por uma experiência como essa, confidenciou que irá voltar a trabalhar com aplicativo, porém nunca mais irá entrar na região.
Motorista acredita que preces de esposa foram ouvidas
Para Mário César, o livramento veio da intercessão da esposa, que ora todos os dias pela segurança do marido. “Sempre que eu saio ela quer orar comigo, quer me dar a benção dela quando vou trabalhar”, contou.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso está em investigação pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento, nenhum suspeito foi detido.
*Com informações da repórter da TV Vitória/RecordTV, Marla Bermudes
