Ao parar de carro em um semáforo localizado no bairro Rio Marinho, em Vila Velha, na tarde de segunda-feira (11), um homem acabou sequestrado, ficou refém por quatro horas e durante esse período foi inclusive agredido por criminosos. Ele teve as redes sociais invadidas.
A vítima é um supervisor de segurança, que contou ter sido rendido quando parou de carro em um cruzamento perto da estrada de Capuaba. Com as portas destravadas, um criminoso entrou no carro pelo carona e ameaçou o motorista colocando uma arma na cabeça dele.
“Saí do meu trabalho por volta das 15h, fui fazer uma compra e voltei para o meu carro. Eu estava no trânsito, parado no semáforo, quando me distraí olhando o celular e o bandido já chegou abrindo a porta do carro, mostrando a arma e anunciando o assalto”, conta supervisor de segurança.
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Sob ameaça, ele foi obrigado a dirigir até o bairro Terra Vermelha, onde um comparsa do criminoso estava aguardando e também embarcou no veículo.
O supervisor disse que, durante o sequestro, foi obrigado a passar as senhas de contas bancárias para os dois assaltantes.
“Eles me obrigaram a dirigir pela Rodosol e ficaram me perguntando o tempo todo das minhas senhas de banco. Até disseram que, seu eu não passasse, iam me matar”, acrescentou.
Chave do carro foi jogada na areia da praia
O supervisor contou que depois foi obrigado pelos criminosos a dirigir até a Praia do Ulé, em Vila Velha, e ao chegar ao local foi agredido com um tapa no rosto.
No local, os criminosos libertaram a vítima, abandonaram o veículo, que era da empresa em que o motorista trabalha e tem rastreador, mas jogaram a chave do carro na areia da praia para que eles tivessem tempo de fugir.
Mesmo assustado, o supervisor conseguiu localizar a chave, pegou o carro e conseguiu pedir ajuda a uma equipe da Guarda Municipal que passava na região. Ele foi encaminhado para fazer um boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Vila Velha.
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REDES SOCIAIS DA VÍTIMA FORAM INVADIDAS
Após passar pelo desespero de ficar sob a mira dos bandidos por quatro horas, o supervisor viveu outra tensão. Ao chegar em casa, ele percebeu que suas redes sociais haviam sido invadidas pelos criminosos.
Os bandidos chegaram a mandar mensagens para alguns contatos pedindo dinheiro e até vendendo drogas. Fizeram inclusive divulgação de conteúdo sexual envolvendo crianças.
Com isso, o supervisor precisou cancelar seu número de telefone e também suas redes sociais.
Ele destacou que a todo momento os bandidos faziam ameaças e que sentiu bastante medo de tudo.
“Tive muito medo. Em todo momento eu só pensava na minha família, na minha filha, pensava que podia morrer”, explica o supervisor.
*Com informações da repórter Nathalia Munhão, da TV Vitória/Record