O Ministério Público do Espírito Santo indiciou três chineses por extorsão com grave ameaça e violência. Eles fazem parte de uma organização criminosa chinesa que vinha agindo no comércio da Avenida Expedito Garcia, em Campo Grande, Cariacica. Os três denunciados foram presos em janeiro quando tentavam extorquir um comerciante.
Comerciantes desanimaram de continuar atuando na região depois que foram vítimas dos suspeitos. O caso veio à tona no mês passado quando o proprietário de uma loja de comércio popular na Expedito Garcia começou a receber ligações de criminosos exigindo uma espécie de aluguel para que o comerciante continuasse trabalhando sossegado. Como o comerciante não cumpriu, criminosos foram até a loja e exigiram que o comerciante pagasse R$ 200 mil. Como os donos não tinham, eles promoveram a maior bagunça e mercadorias foram quebradas.
Pessoas que passavam na rua viram a movimentação estranha, pensando tratar-se de um assalto, seguraram os suspeitos, que acabaram agredidos pela população e presos. Para uma comerciante, as prisões não trarão tranquilidade. Segundo ela, as ameaças continuam. “Foram só três presos. Um continua rondando a loja. Tenho medo deles continuam ameaçando. Se paga, está tudo bem, mas se não paga eles matam”, afirmou.
Os advogados dos três chineses presos chegaram a entrar com pedidos de relaxamento das prisões, sob alegação de que os suspeitos não teriam sido ouvidos na Delegacia Regional de Cariacica por só falarem mandarim, mas o habeas corpus foi negado.
De acordo com a assessoria do Ministério Público, o caso está sendo investigado juntamente com a Polícia Civil. Disse ainda que uma das linhas de investigação é para saber se há um possível envolvimentos dos presos com a máfia chinesa, que atua em São Paulo.
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