Polícia

MPF pede que Justiça aumente pena do ex-presidente da Desportiva preso por tráfico internacional

O MPF alega que, além de tráfico de entorpecentes, os envolvidos cometeram associação ao tráfico e que por isso a sentença deveria reconhecer os dois crimes e a gravidade da conduta

Foto: Desportiva Ferroviária

O ex-presidente da Desportiva Ferroviária, Edney José da Costa, e outros seis condenados por tráfico internacional de cocaína, tiveram um pedido de aumento de pena feito pelo Ministério Público Federal. Os envolvidos, atualmente, estão condenados a até nove anos e cinco meses de prisão.

Os réus foram presos em dezembro de 2017, em um galpão de Vila Velha, com um contêiner com sacas de milho e 253 quilos de cocaína rumo ao Porto de Leixões, no norte de Portugal. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) deve julgar na próxima quarta-feira (4) os recursos do MPF e dos réus contra a sentença da 1ª Vara Federal Criminal em Vitória.

O MPF alega que, além de tráfico de entorpecentes, os envolvidos cometeram associação ao tráfico e que por isso a sentença deveria reconhecer os dois crimes e a gravidade da conduta. As investigações revelaram que os réus receberam, guardaram e mantiveram em depósito grande volume de cocaína e a inseriram no contêiner após a violação de seu lacre e substituição por um lacre falsificado.

Para o MPF, os vínculos entre os réus permitem comprovar a estabilidade, requisito da associação para o tráfico. No recurso, o MPF-ES destacou ainda elementos como a quantidade de droga, que foram mais de 250 kg, a logística complexa da operação de tráfico transnacional por duas vias, o conhecimento de rotas pretéritas para o tráfico, a preferência pelo transporte marítimo, a presença de financiador, a divisão de tarefas e a existência de recebedores da droga para distribuir na Europa.

O outro lado

O advogado de defesa de Edney informou que vai recorrer da decisão da diminuição de pena.