Polícia

"Muito triste", diz neta de idosa atropelada e morta em Cariacica

Ediliane de Assis Pimenta dos Santos, de 68 anos, tinha acabado de sair de um supermercado quando foi atropelada por um motorista alcoolizado

Foto: Reprodução TV Vitória

Thaysllany Benica, neta de Ediliane de Assis Pimenta dos Santos, de 68 anos, que foi atropelada e morta enquanto saía de um supermercado, no bairro Bela Vista, em Cariacica, na noite de terça-feira (26), afirma que a família está passando por um momento de profunda tristeza.

“Vai ser muito triste para a família, principalmente para minha mãe, que era vizinha de janela da minha avó. Minha avó levantava de manhã, minha mãe pedia a benção da janela. Agora minha mãe não vai ver mais a minha avó estendendo roupa, então vai ser uma coisa muito triste, meu avô está sozinho, e ele tem diabetes, precisa de cuidados especiais. Estamos nos mantendo fortes pelo meu avô e minha mãe”, desabafou.

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Thaysllany conta que a avó estava animada com a chegada de mais um neto, que a aposentada era muito próxima dos netos e bisnetos, e que nunca deixou de trabalhar.

“Ela tem um netinho recente de dois meses, e estava muito feliz com a chegada dele. Minha avó sempre teve proximidade com os netos e com as bisnetas, que são minhas filhas. Ela aposentou e não parou de trabalhar, sempre foi muito ativa, nunca parou. A gente brincava com ela, chamava minha avó de canelinha de aço”, relembrou.

O motorista que atropelou Edilia é Carlos Gomes Pedreiro, de 48 anos. Ele dirigia em alta velocidade, e, de acordo com a polícia, apresentava sinais de embriaguez.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas e duas ambulâncias foram ao local. A vítima foi colocada em uma ambulância e atendida por socorristas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Como se queixava de dores, Carlos foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas. Revoltados com a morte da idosa, moradores atearam fogo na casa de Carlos.

Guilhermina Ferreira, dona de casa e vizinha de Edilia, conta que passou mal quando viu as chamas, e teve medo de ter a casa comprometida.

“Cheguei a passar mal, porque se o fogo passa para o andar de cima, onde eu moro, minha casa seria prejudicada. Fiquei muito assustada mesmo, foi muito tenso. Ainda bem que os bombeiros chegaram rápido”.

Foto: Foto / Roger Nunes

Edilia era costureira há mais de 40 anos. Após voltar do trabalho, passou em um supermercado, e foi atropelada ao sair do estabelecimento comercial, enquanto subia uma ladeira e carregava sacolas.

De acordo com a Polícia Militar, o motorista foi visto conduzindo o veículo em ziguezague, e após ouvir o barulho de uma sirene, de uma viatura que estava atrás dele, subiu a ladeira onde Edilia andava, atingiu a idosa, e depois bateu em um poste.

Carlos foi ouvido pelos policiais no local do acidente e admitiu que havia ingerido bebida alcoólica. Os militares constataram que o motorista não é habilitado, e que o licenciamento do veículo está atrasado.

Os militares realizaram, também, um teste chamado de constatação de alteração da capacidade psicomotora, e constatou que Carlos estava com fala alterada, dificuldade de equilíbrio, e olhos vermelhos.

O corpo da vítima foi levado pela ambulância do Samu para o Instituto Médico Legal (DML), em Vitória, para a realização da necropsia e posterior liberação para os familiares.

Depois de receber alta médica, Carlos foi encaminhado a uma delegacia e autuado em flagrante por homicídio culposo na direção de veículo automotor, e encaminhado para um presídio.

*Com informações de Ana Carolini Mota, repórter da TV Vitória/Record