Uma mulher de 50 anos foi presa acusada de agredir um cobrador de ônibus, em Vitória. A confusão aconteceu da tarde da última quinta-feira (26). De acordo com a vítima, Vera Lúcia Zonta Villela embarcou em um ponto na Praia de Camburi. Dentro do coletivo ela deu uma nota de R$ 20 e uma moeda de R$ 0,25. No entanto, ao informar que não tinha troco e que ela teria que esperar no banco da frente, a suspeita teria iniciado as agressões.
“Ela entrou no primeiro ponto e eu não tinha troco. Ela queria passar de qualquer forma e eu falei que não poderia deixar, pois não tinha troco e tinha três pessoas na frente dela. Ela fez um carnaval dentro do ônibus e começou a me agredir verbalmente falando coisas que não são verdades. Disse que eu sou obrigado a ter troco. De Camburi ao Terminal de Campo Grande ela foi me ofendendo. Quando chegou no terminal, antes da polícia chegar, ela me deu um tapa, me agredindo”, contou o trocador.
A versão dela é um pouco diferente. Vera afirma que entregou R$ 10 e R$ 0,25 para pagar a passagem e queria entrar logo, pois depois o coletivo ficaria cheio e ela teria que andar em pé. Ainda segundo ela, o responsável pelos xingamentos teria sido o cobrador.
“Já haviam duas pessoas sentadas no local preferencial, que tem três lugares. Ele disse para eu ficar ali e, quando tivesse troco, eu passaria para trás. Se eu ficasse na frente iria encher, e eu teria que ficar em pé depois. Eu teria que ir em pé até o Terminal de Campo Grande. Eu falei que iria ficar na roleta, porque eu estava pagando. Falei para ele ficar com o dinheiro e, quando chegasse ao terminal, ele me poderia me dar o troco, mas ele disse que não. Ele ficou me xingando. Uma menina que estava dentro do ônibus me deu o dinheiro para pagar a passagem, e ele ficou me xingando”, afirmou.
A mulher disse que não se arrepende de ter, de acordo com ela, reivindicado o direito de passar na roleta mesmo com o trocador sem o dinheiro do troco, mas confessou que no momento da raiva agrediu o homem.
“Eu encostei a mão nele mesmo, como se fosse um tapa. E não tinha motivo nenhum para ele chamar os policiais. O que ele tinha que fazer era me dar o troco. Estou aqui sendo tratada como criminosa por causa de um trocador. Se alguém tivesse pulado a roleta ele não ia falar nada. Ia deixar e ia abrir até a outra porta. Mas como fui eu, uma mulher, ele veio contra mim”, destacou Vera.
O cobrador foi à delegacia, porque, segundo ele, não aceitou ter sido tratado com desrespeito. “Eu me senti bastante ofendido. Tinha bastante gente quando ela me agrediu e eu não fiz nada, porque se fizesse eu seria preso. Me senti humilhado, pois todos ficaram me olhando. Eu estou ali trabalhando, e não brincando”, disse.