Uma jovem de 26 anos, vítima de violência doméstica, acionou a Polícia Militar para pedir ajuda. Ela contou que estava sendo agredida pelo irmão, mas quando os policiais chegaram no local, teriam negado conduzir os envolvidos para a delegacia e disseram que iriam embora sem solucionar a situação. Revoltada, a vítima questionou os agentes e acabou sendo agredida.
O caso aconteceu em Presidente Prudente, a cerca de 550 km de São Paulo. A jovem discutiu com os PMs por não concordar com a forma como eles estariam conduzindo o pedido de ajuda que ela teria feito e, então, os policiais anunciaram a prisão dela por desacato. Antes de ser colocada viatura, a mulher teria sido agredida pelos policiais.
A versão foi apresentada pelo coletivo Pela Vida das Mulheres de Presidente Prudente, que acompanha o caso que aconteceu em 21 de março deste ano, mas só se tornou público nesta semana.
A jovem foi encaminhada para uma delegacia da Polícia Civil, onde foi informada que seria liberada. Ela, então, pediu para registrar o boletim de ocorrência de violência doméstica, mas teria tido o direito negado novamente.
Segundo o coletivo, o boletim de ocorrência do caso teria sido registrado como desacato, mas a jovem se recusou a assinar e foi liberada.
A defesa da jovem protocolou uma queixa-crime solicitando medidas de proteção para a vítima, além do enquadramento do PM por denunciação caluniosa, prevaricação e cárcere privado.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que “a ocorrência de violência doméstica foi investigada, por meio de inquérito policial, pela Delegacia de Defesa da Mulher de Presidente Prudente, e relatada ao Poder Judiciário neste mês”.
A agressão sofrida pela mulher e o suposto desacato que ela teria cometido, a pasta afirma que estão sendo investigados pela Central de Polícia Judiciária do município e também pela PM, por meio de inquérito policial militar.
*Com informações do Portal R7!
