Nas partes íntimas

Mulher é presa ao levar drogas para o irmão em presídio de Vila Velha

Esse é o terceiro caso envolvendo familiares do detento. A mãe do interno e outra irmã já foram flagradas na mesma situação

Foto: Reprodução Sejus
Foto: Reprodução Sejus

Uma mulher foi presa ao tentar entrar com drogas escondidas nas partes íntimas na Penitenciária Estadual de Vila Velha 2 (PEVV2), no Complexo de Xuri, no último domingo (1º).

O flagrante ocorreu durante o procedimento de segurança com escâner corporal, que identificou o material ilícito. A visitante levava 14 buchas semelhantes à maconha e 10 buchas similares a fumo para o irmão, interno na unidade.

Ela foi conduzida à autoridade policial e autuada por tráfico de drogas. Em seguida, foi encaminhada ao Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), onde permanece presa.

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Mulher presa: terceiro caso na mesma família

Esse é o terceiro caso envolvendo familiares do detento. Em julho do ano passado, a mãe do interno foi flagrada tentando entrar na unidade com 10 invólucros de material semelhante a fumo escondidos nas axilas.

Já em dezembro, outra irmã tentou burlar a segurança com 29 invólucros similares a fumo e sacolas plásticas para embalo presos ao sutiã.

De acordo com o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, os flagrantes demonstram a eficácia dos escâneres corporais instalados nos presídios capixabas.

“O aparelho aponta imagens suspeitas, indicando que algo foi introduzido no corpo, na roupa ou até mesmo em unhas de gel e apliques de cabelo. A equipe de segurança questiona os visitantes e, em muitos casos, eles assumem que estão portando material proibido. Nessas situações, as visitas são canceladas e o interno responde a Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), o que pode estender ainda mais sua permanência no sistema prisional”, explicou Pacheco.

O secretário destacou ainda que as consequências são severas para os visitantes flagrados.

“As ocorrências geram inquérito policial, prisão e perda do direito de visitação. Combatemos com rigor a entrada de materiais ilícitos nos presídios para evitar que o ciclo de violência se perpetue dentro e fora das unidades. As famílias são as mais prejudicadas e é fundamental que não compactuem com essas práticas”, ressaltou.

Escâner corporal impede entrada de materiais proibidos

Somente em 2023, aproximadamente 500 ocorrências de visitantes tentando entrar com materiais ilícitos nos presídios do Espírito Santo foram registradas por meio do escâner corporal.

O equipamento realiza o escaneamento completo do corpo e é capaz de detectar objetos escondidos, mesmo que introduzidos ao organismo.

Com tecnologia avançada e baixa dose de radiação, ele garante alto nível de segurança em conformidade com exigências para prisões, aeroportos e fronteiras.

Além do escâner corporal, os presídios do Espírito Santo utilizam outros dispositivos de segurança, como portas e bastões detectores de metais, videomonitoramento e equipes treinadas para vigilância e guarda das unidades prisionais.