Teve alta nesta sexta-feira (22) a mulher golpeada pelo marido com cacos de vidro de um espelho, na região de Maruípe, em Vitória. A vítima precisou passar por uma cirurgia e terá que fazer outro procedimento. Apesar do susto, agora ela está em casa e com o filho.
Na ocasião do crime, o filho de 1 ano do casal estava com a mãe e também foi atingido, mas foi liberado no mesmo dia. O caso aconteceu na noite da última quinta-feira (21)
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Após sair do hospital, a vítima conseguiu entrar em contato com a advogada Tatiana Karkinke, que falou sobre o estado de saúde da mulher.
“Ela está muito nervosa, não está entendendo o que está acontecendo juridicamente falando. Ela foi vítima de um crime brutal na madrugada da quinta-feira e na sexta-feira ela ainda estava no hospital, e agora está começando a se inteirar das coisas”, disse.
Ainda segundo a advogada, depois de uma longa conversa com a mulher, ela esclareceu que o principal desejo é que o agressor continue preso.
“Nós havíamos recebido a notícia de que ela não representaria contra ele. Mas eu expliquei para ela que como o crime hoje é de maior potencial ofensivo, o titular da ação é o Ministério Público. Independentemente dela querer representar ou não, o titular é o MP e o promotor já está presente na audiência de custódia, que ocorrerá ainda hoje, onde será decidido se o agressor permanecerá preso”, explicou.
A mulher de 30 anos foi golpeada com pedaços de um espelho quebrado pelo marido, na própria casa. Após correr para se esconder no quarto da criança, a vítima foi perseguida pelo agressor, que continuou cortando a esposa e acabou atingindo o bebê.
Segundo Valeska Ribeiro, tia da vítima, a mulher e o marido estão juntos há 7 anos, e a união sempre foi complicada. Após a última briga, a tia espera que a sobrinha possa receber ajuda.
“Eu fiquei praticamente em estado de choque, porque havia muito sangue. Essa é uma questão que já está se arrastando há muito tempo, para nós que somos da família é muito sofrido ver minha sobrinha nessa situação. Hoje também tem a criança”, relatou.
Valeska, que trabalha como pedagoga, explicou que relembrar toda a situação vivida pela sobrinha ainda é um trauma, após ter visto a sobrinha coberta de sangue.
“Eu peço ajuda ao Estado, para que ela saia dessa condição. A gente sabe que quando a mulher está em situação de violência doméstica, ela é muito retraída, tem muito medo de tudo. Infelizmente a Lei Maria da Penha resguarda, mas os números dizem, a quantidade de feminicídio.”
O agressor foi detido. Ele disse que não sabia o que havia acontecido e que não se lembrava de nada. A mulher reencontrou o filho assim que teve alta do hospital e saiu de casa.
Para a família, a vítima contou que deseja a separação, mas tem medo do marido. Por isso, por enquanto, ela e o filho irão permanecer em um local seguro.
De acordo com a Polícia Civil, o homem já teve passagem pela Justiça por tráfico de drogas entre os anos de 2013 a 2017.
*Com informações da repórter da TV Vitória / Record TV, Suellen Araújo.