A mulher de 53 anos, presa suspeita de envenenar o próprio companheiro, um idoso de 66 anos, fez uma procuração uma semana antes do assassinato, em Fundão, com o objetivo de ficar com a pensão dele. O crime foi registrado no dia 18 de fevereiro. Ainda não se sabe a substância que matou o homem, identificado como Antônio de Castro Pereira.
Investigações da Polícia Civil apontam que a mulher tinha como principal intuito ficar com os bens do companheiro, um mestre de obras aposentado. Além disso, o Antônio também tinha imóveis e recebia pensão pela morte da antiga esposa.
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O titular da Delegacia de Polícia (DP) de Fundão, delegado Rodrigo Peçanha, explicou que as investigações foram iniciadas no dia da morte, a partir de declarações da filha de Antônio que teria estranhado a morte e acreditava que ele pudesse ter sido assassinado.
“Ela relatou suspeitar de que o pai havia sido assassinado e a autora estaria em fuga para Minas Gerais. A partir disso, realizamos uma investigação e o SVO teria apontado uma morte como intoxicação exógena”, relatou.
A equipe descobriu que a companheira da vítima estava tentando fugir para o estado de Minas Gerais. “Realizamos uma diligência e a encontramos em um ônibus em Nova Almeida, na Serra”.
O delegado também descreve que, durante as investigações, vizinhos e a filha da vítima relataram que o casal, que viveu um relacionamento extraconjugal, possuía uma relação conturbada. “Em uma das discussões, um vizinho relatou que ele a chamou de golpista”.
Ainda segundo o titular da Delegacia de Polícia (DP) de Fundão, a autora do crime agredia a vítima, não só com palavras, mas também causando ferimentos.
“Eles estavam juntos quando ele ainda era casado e começaram a morar juntos depois que a esposa do idoso morreu, no mês de novembro”, descreve o delegado.
Vítima foi envenenada, concluiu Polícia
Segundo a Polícia Civil, o idoso deu entrada no hospital um dia antes da morte. Entretanto, durante a consulta, a vítima foi diagnosticada com dengue e retornou para casa.
“No dia seguinte, ao ingerir a substância não identificada, ele acordou tendo convulsões, babando, foi levado às pressas para o hospital, onde entrou em parada cardíaca”, contou o delegado.
Diante do ocorrido, a perita oficial criminal da Polícia Científica, Graziany Marques, destacou que, na residência da vítima, foram encontradas garrafas contendo líquidos misturados a substâncias não identificadas. Os objetos, além de matérias do corpo do idoso, foram periciados.
“Temos uma análise complexa, com uma gama de substâncias que podem ter sido utilizadas na suposta intoxicação. Nosso laboratório está trabalhando com propriedade no caso para dar uma resposta”, explica.
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