A mulher de 35 anos, suspeita de matar o marido de 34 anos, no bairro Marcílio de Noronha, em Viana, na terça-feira (4), alegou que cometeu o crime para se defender das agressões do companheiro.
Segundo informações da Polícia Militar, a mulher atirou duas vezes contra Fabrício Lima Borges após ser ameaçada com uma faca. A arma de fogo usada no crime é do ex-marido dela.
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A reportagem da TV Vitória/Record apurou que, em depoimento à polícia, a mulher contou que passou o dia sendo ameaçada de morte por Fabrício. Ela teria implorado para que ele fosse embora de casa.
Nesse momento, Fabrício teria dito que iria embora, mas a mataria antes. Depois disso, a mulher narrou que foi no guarda-roupas, pegou uma pistola que era do ex-marido, já falecido, e escondeu a arma no frigobar do quarto do filho.
Foi após essa ação, segundo a acusada, que Fabrício a enforcou e colocou uma faca em seu pescoço. Ela conseguiu se livrar do marido, pegou a arma e atirou.
Mulher pediu socorro na rua
Segundo uma vizinha da família, que preferiu não ser identificada, após o crime, a mulher teria saído pela rua desesperada pedindo socorro.
“Eu vi minha vizinha pedindo socorro. Ela saiu de dentro de casa, foi para o meio da rua gritando, desesperada. Estava só pedindo ‘socorro’”, destaca a testemunha.
Familiares e vizinhos tentaram auxiliar a mulher. Uma enfermeira aposentada até foi para a residência, mas Fabrício já estava morto.
A vizinha ainda acrescentou que o casal possuía um relacionamento conturbado.
“Eu tenho certeza de que aconteceu algo muito grave para que ela pudesse se defender. Ela sempre me procurava pela madrugada chorando, reclamando de agressões, reclamando de violência verbal e moral. Eu ficava com ela orando e tentando amenizar a situação”, narrou.
Autuada em flagrante
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a suspeita foi conduzida à Delegacia Regional de Cariacica e autuada em flagrante por homicídio, sendo encaminhada ao sistema prisional.
O corpo de Fabrício foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.
*Com informações do repórter André Falcão, da TV Vitória/Record
