Uma mulher foi rendida por dois criminosos em um radar, na Rodovia do Contorno, em Cariacica, horas antes da virada do ano. Eles levaram a moto e todos os pertences da atendente Ariane Lopes. No outro dia, eles ligaram para ela e pediram dinheiro para devolverem o veículo, mas foram presos.
A vítima seguia para a casa da cunhada com comidas e bebidas. Por volta das 21h30, ao passar por um radar, na altura do bairro Tabajara, foi rendida por dois homens em outra moto, um deles estava armado.
“Eu vi dois rapazes em atitude suspeita. Eles fizeram o balão no lugar errado atrás de mim. Eu acelerei, mas na frente tinha o radar. Na hora que eu diminuí a velocidade, eles colocaram a pistola na minha cara e mandaram eu entregar a moto. Eu fiquei calma e entreguei tudo”, contou a atendente.
A virada de ano da atendente foi dentro da delegacia. De madrugada ela foi para casa e, pela manhã, recebeu um telefonema. Do outro lado da linha estava o criminoso que havia levado a moto dela na noite anterior. “Eles me ligaram e pediram R$ 800 para devolverem a moto. Eu pago a moto, eles me roubam e ainda querem dinheiro. Mas eu fui, mesmo indignada”, contou.
Ao chegar em Nova Rosa da Penha, local marcado pelo bandido, Ariane viu uma viatura da Polícia Militar. Ela contou a história e os policiais foram junto atrás dos suspeitos. “Fomos até o local e esperamos ela fazer contato com os acusados. Assim que eles apareceram nós conseguimos abordá-los”, informou o soldado Natanael Almeida.
A polícia prendeu Maycon Oliveira dos Santos, de 22 anos, e apreendeu um menor de 17 anos. Além de recuperar a moto, Ariane ainda ajudou a polícia a encontrar outra moto que também foi roubada na mesma noite.
O outro assalto aconteceu um pouco mais tarde, já passava das 23 horas. Dois amigos deixaram o veículo estacionado em Jardim da Penha, em Vitória, e foram para a Praia de Camburi curtir a festa de réveillon. Quando voltaram, depois da meia noite, ela já havia sido roubada.
A moto pertence a um instrutor de trânsito de 25 anos. A família dos jovens acusados esteve no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ). Eles disseram que são trabalhadores e que nunca tiveram passagem pela polícia. No entanto, a vítima garante que o adolescente participou do crime, e disse inclusive que foi ele quem apontou a arma para ela.
