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Uma mulher foi presa, na manhã desta sexta-feira (06), suspeita de ser a mandante do assassinato do próprio marido. O crime ocorreu em dezembro de 2015, no bairro Mauá, em Baixo Guandu, noroeste do Espírito Santo.
Além de Aleksandra Augusta do Nascimento Nunes, de 34 anos, conhecida como Sandra, foi preso nesta sexta Joelder Gomes Evangelista, de 28 anos, apontado pela polícia como um dos executores do crime, que vitimou Fabiano Claudio Felipe. A dupla foi presa por uma equipe da Polícia Civil de Baixo Guandu, sob responsabilidade do delegado Deverly Pereira Júnior, em cumprimento de mandados de prisão preventiva.
De acordo com o que foi apurado no inquérito policial e na denúncia feita pelo Ministério Público, já recebida pelo Poder Judiciário, o assassinato de Fabiano foi uma complexa trama, arquitetada por Aleksandra. Seis indivíduos, incluindo ela, foram envolvidos direta e indiretamente no crime.
Segundo as investigações, os participantes do crime foram induzidos e instigados por Aleksandra, que teria, inclusive, prometidos valores da rescisão do contrato de trabalho da vítima e o automóvel dele para quem assassinasse seu companheiro. Joelder e Israel de Jesus Samoel, vulgo Rael, também apontado como executor do crime, teriam executado a vítima a tiros quando o casal chegava em casa de uma festa na noite de 27 de dezembro daquele ano.
Rael já havia sido preso e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de São Mateus. Os demais acusados de participação no homicídio são Charles Tonnes, conhecido como Charlin, Leonardo Caetano Cordeiro, vulgo Léo, e Lucinea Gomes Santos, conhecida como Lúcia.
De acordo com a polícia, Charlin foi quem indicou e avalizou a participação de Israel, que é primo de Joelder, no assassinato. Ele também forneceu os revólveres utilizados no crime. Já Léo, que na época era padrasto de Joelder, teria pegado as armas com seu cunhado, Charlin, e as repassado para os executores, além de passar a eles informações sobre a localização e momento de chegada da vítima.
Lúcia, por sua vez mãe de Joelder e, na época do crime, companheira de Leonardo, teria influenciado os envolvidos a cometerem o crime. Segundo a polícia, ela é amiga e vizinha de Aleksandra.
Prisões temporárias, de 30 dias, de Joelder, Israel, Leonardo e Charles, já haviam sido cumpridas durante as diligências de investigação dos fatos, que duraram até maio de 2016. Segundo a polícia, Israel também responde pelo crime de tráfico de drogas. Já Leonardo, Charles e Lucinea permanecerão respondendo ao processo de homicídio em liberdade provisória.