O laudo da perícia da Polícia Civil conseguiu identificar a origem da munição utilizada no assassinato da vereadora Marielle Franco. Segundo as investigações, os estojos encontrados no local do crime têm lote numerado da Polícia Federal.
De acordo com a DH (Divisão de Homicídios da Capital), as munições foram compradas pela Polícia Federal de Brasília em dezembro de 2006. A especializada quer descobrir se elas foram desviadas ou se cápsulas vencidas e descartadas foram reabastecidas.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que além da investigação da Polícia Civil pelo crime de homicídio, “foi instaurado inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime”. A corporação também disse que as duas políciais trabalham em conjunto para solucionar e esclarecer os fatos relacionados às mortes de Marielle e Anderson Gomes.
A delegacia também investiga a participação de um segundo veículo no assassinato da parlamentar e do motorista Anderson Pedro Gomes, na noite da última quarta-feira (14) no Estácio, zona norte do Rio de Janeiro.
O automóvel, que teria dado cobertura aos atiradores, esteve parado por cerca de duas horas em frente à Casa das Pretas, na Lapa, onde a parlamentar participava de um evento organizado pelo partido. Menos de uma hora após deixar o debate, Marielle e Anderson foram mortos a tiros dentro do carro.
De acordo com a polícia, o carro chegou antes mesmo da vereadora ao local do evento que ela participaria. As imagens do local mostram o motorista saindo do veículo e mexendo no celular. Para os investigadores, Marielle seria morta ali mesmo, mas os criminosos devem ter desistido porque o local tem muitas câmeras de segurança.
Segundo a DH/Capital, a placa do veículo já foi identificada, mas não foi divulgada para não atrapalhar as investigações. Segundo informações iniciais da Polícia Civil, o segundo veículo investigado seria de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
As informações são do R7.