
O namorado de Maria Francisca de Souza, de 38 anos, encontrada morta dentro de um valão no bairro Boa Sorte, em Cariacica, no sábado (5), se apresentou à polícia na tarde desta terça-feira (8).
O homem foi até ao Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cariacica (DHPP). Dali ele foi levado à Delegacia da Mulher, em Vitória, para prestar depoimento.
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Como o período do flagrante já havia passado e não havia mandado de prisão preventiva em aberto contra ele, o suspeito foi liberado logo após prestar depoimento.
Casal havia brigado pouco antes da morte de Maria Francisca
A Polícia Civil obteve imagens de videomonitoramento que mostram Maria Francisca discutindo com o namorado pouco antes de ser encontrada morta.
As imagens são da noite de sexta-feira (04). Um casal aparece discutindo na rua e a mulher é arrastada para uma área de vegetação. Seis minutos depois, o homem sai do local sozinho. Segundo a família, a mulher da gravação é Maria Francisca.
No dia seguinte às gravações, o corpo de Maria Francisca foi encontrado dentro de um valão. A morte é investigada pela Polícia Civil. A família se pergunta como e porque a mulher foi encontrada sem vida.
O que toda família quer é justiça, que a polícia pegue o culpado. Que pegue o culpado que fez isso com a minha irmã, uma pessoa cheia de vida e que nunca fez mal a ninguém, disse o irmão de Maria Francisca.
A vítima era mãe de três filhos. Segundo vizinhos, ela era usuária de drogas, mas não causava conflitos com outras pessoas e parecia feliz.
“Estava sempre sorridente, alegre e feliz, mas acabou entrando nas drogas”, conta o irmão.
O filho de 5 anos de Maria foi entregue ao pai na manhã de sábado (05). Um vídeo mostra que o namorado da vítima foi quem levou a criança ao comércio do ex-marido de Maria Francisca.
Reação da família
Após ser informado de que o namorado de Maria Francisca se apresentou à polícia, o irmão da vítima afirmou se sentir inseguro após o homem ter sido liberado.
Ele sabe onde a gente mora e mostrou o que é capaz de fazer. Agora, como as autoridades não têm uma posição firme, eu vou ter que proteger minha família. Porque a lei é frágil, dá brecha para o assassino continuar matando.
A Polícia Civil informou que diligências são realizadas para apurar a causa da morte e que mais informações não serão repassadas no momento para não comprometer o andamento das investigações.
*Com informações do repórter Caio Dias, da TV Vitória/Record