Polícia

Homem é preso suspeito de pedir ajuda ao filho para agredir esposa em Vitória

A mulher diz ter sido agredida, a pauladas, em casa, no bairro São Benedito, em Vitória, na frente do filho, de dois anos. O crime ocorreu no último dia 16 de agosto

A mulher de 19 anos ficou muito machucada Foto: TV Vitória

Um homem foi preso nesta terça-feira (6) suspeito de ordenador que o filho e um irmão agredissem sua própria esposa, no bairro São Benedito, em Vitória. Os dois rapazes também foram detidos. O jornal online Folha Vitória não identifica os suspeitos para preservar a vítima.

Na delegacia, um dos suspeitos contou o que aconteceu. “Dei duas ‘porradas’ e empurrei. Ela saiu rolando a escada e mandei ela ir embora. Foi isso. Só dei um susto mesmo. Não dei o que ela merecia”, debochou.

Já o cunhado da vítima negou envolvimento no caso. “Não tenho participação nenhuma, ‘parceiro’. Tudo tranquilo. Não fiz nada. Justiça é só de Deus”, disse.

Agressão

A mulher diz ter sido agredida a pauladas, em casa, na frente do filho, de dois anos. O crime ocorreu no último dia 16 de agosto, dez dias depois de a jovem denunciar o marido, por agressão, durante uma das tantas brigas do casal.

Na época, conforme informou a delegada Arminda Rodrigues, o marido da vítima foi preso e prometeu vingança. “No dia da prisão, ele ameaçou que iria mandar matá-la, e dez dias depois ele mandou o irmão e o filho dele para matar ela a pauladas e chutes. E os agressores acharam que ela tinha morrido”, afirma a delegada que acompanhou o caso.

Apesar disso, o suspeito não passou pouco mais de um mês na cadeia. Segundo a polícia, o homem foi solto no dia 9 de setembro, por meio de um alvará concedido pela Justiça. “A forma como ele foi solto eu não tenho como informar porque cabe a Justiça explicar. Não podemos prender de uma vez, precisamos fazer um requerimento e aguardar que a Justiça decretasse a prisão”, diz a delegada.

Nesta terça-feira (6), policiais da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) e do Grupo de Operações Táticas (GOT), cumpriram mandados em Vitória e na Serra a prenderam os três suspeitos.

“Esse é um caso grave porque o cidadão se portou como se a Justiça não existisse. Ele disse que ia fazer ou que mandaria fazer, e ele cumpriu essa promessa, uma pessoa que achava que tinha garantido essa impunidade”, completa Arminda.