A mãe de um adolescente apreendido por suspeita de envolvimento com o crime no bairro São Torquato, em Vila Velha, fez um desabafo após ir à delegacia onde o filho, de 17 anos, estava apreendido.
‘Eu oro todos os dias para Deus transformar a vida dele e de todos os outros. Não desista do seu filho. Eu não desisto do meu’, lamentou.
O filho dela foi detido na tarde de quinta-feira (10) por agentes da Guarda Municipal de Vila Velha. Na ocasião, o filho dela e outros sete adolescentes estavam sentados em uma escadaria do bairro Cobi de Cima, quando foram abordados.
Muito abalada, a mãe do menino apreendido contou que há cinco anos ela teria enterrado um outro filho, de 20 anos, por conta de envolvimento com o crime.
“Tem cinco anos que eu enterrei um filho. Ele era tão jovem e eu carrego até hoje essa dor. Ele tinha só 20 anos e agora eu encontro um outro filho em uma situação tão parecida”, lamentou.
Prisão do adolescente
De acordo com agentes da Guarda Municipal, os adolescentes foram detidos durante um patrulhamento feito para capturar armas que estavam sendo escondidas em casas da região, na tarde de quinta-feira (10). Ao serem detidos, um deles tentou fugir e fez um movimento como se fosse atirar contra os agentes. Para se defender, um dos guardas atirou contra o adolescente.
O menino foi atingido por um tiro na perna e levado para o Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha. Ele recebeu atendimento médico e depois foi conduzido para delegacia. Os agentes contaram ainda que dois dos adolescentes teriam envolvimento com o tráfico de drogas e já tinham passagens pela polícia por roubo.
Autuações
O adolescente baleado, de 17 anos, responderá por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio qualificado contra agentes de segurança pública no exercício da função, tráfico e associação ao tráfico de drogas e foi apresentado à Justiça.
Alem disso, ele assinou um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC) por ato infracional análogo pelo crime de receptação, trafico e associação ao tráfico de drogas.
Já os adolescentes, de 13 e 15 anos, assinaram um BOC por ato infracional análogo pelo crime de trafico e associação ao tráfico de drogas. Todos os três que assinaram um BOC foram reintegrados à família.