Em tempo de pandemia, além das atividades do trabalho e dos estudos terem se tornado remotos, por meio da internet, os crimes também migraram para a rede. O uso do nome de restaurantes para aplicar golpes em clientes é uma das modalidades.
A autônoma Angélica Araújo já foi vítima da armadinha dos criminosos. Ela recebeu uma mensagem de um perfil falso nas redes sociais de um restaurante de comida japonesa, dizendo que ela teria sido sorteada para receber dois pratos por delivery.
“Eles mandaram mensagem pelo Instagram falando que eu tinha ganhado um sorteio, pediram o número do meu de Whatsapp e o nome completo. Eu acabei respondendo, mas vi nos stories um post do restaurante falando sobre o golpe”, conta.
Por pouco Angélica não caiu no golpe e teve o WhatsApp clonado. O gerente do restaurante Banzai, Lúcio Teixeira, conta que assim que eles tiveram conhecimento de que criminosos estavam usando o nome do estabelecimento, trataram de avisar os clientes pelas redes sociais oficiais. “A gente alertou os clientes e estamos alertando a todos que este golpe está acontecendo. É nosso dever”, destaca.
Lúcio não foi o único comerciante a ter o nome da empresa usada em crimes. Amanda Pimentel também teve o nome do comércio utilizado pelos golpistas. Ela usou as redes sociais do Restaurante Casa da Ilha para explicar o que estava acontecendo. “O episódio aconteceu com quatro clientes que entraram em contato com a gente para falar sobre o que tinha acontecido. A gente fez o post para explicar a situação”, conta.
Neste tipo de golpe, os criminosos se passam por lojas e restaurante conhecidos para tentar clonar aplicativos de mensagem ou extrair dados de cartão de credito das vítimas. A partir do momento que a pessoa responde as mensagens dos golpistas, eles fazem de tudo para conseguir os dados pessoais.
O delegado Breno Andrade orienta para que as pessoas nunca enviem códigos de SMS por mensagens. Segundo ele, a Delegacia Especializada de Repressão Contra Crimes Cibernéticos tem trabalhado para identificar os tipos de crimes e os criminosos por trás deles. Ele lembra também da importância de registrar o boletim de ocorrência. “A gente está ciente que existem golpes ocorrendo, mas poucos são registrados. É preciso que todas as vítimas façam a denúncia para que a gente possa agir”, orienta.
Os casos serão investigados e, segundo o delegado, um dos suspeito em investigação não é do Estado. Os donos dos estabelecimentos devem alertar os clientes que não estão realizando nenhum tipo de promoção para que eles não sejam vítimas do crime.
*Com informações do repórter da TV Vitória/Record TV, Vitor Moreno.