Empresa de distribuição de materiais cirúrgicos de Vitória é alvo de operação do Nuroc
Uma quadrilha composta por dois empresários e um enfermeiro já foi presa por reutilizar material cirúrgico descartável
Os policiais do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) estiveram, por volta das 6 horas desta quinta-feira (18), em uma empresa de distribuição de material cirúrgico localizada no bairro de Lourdes, em Vitória. De acordo com a polícia, a ação é um desdobramento da Operação Lama Cirúrgica, que começou na última terça-feira (16) e teve a prisão de dois empresários e também de um enfermeiro.
Os funcionários do local que chegavam para trabalhar ficaram no lado de fora. Em seguida, o expediente no local foi suspenso. No estabelecimento, os policiais saíram com computadores, CPUs, documentos e vários malotes. Por volta das 11h30, o subsecretário de inteligência da Polícia Civil esteve no local.
O advogado da empresa, que acompanhou a movimentação, disse que eles buscavam irregularidades nos materiais cirúrgicos. Ele disse que a empresa é legalizada, mas teria interpretado mal uma lei do município de Vitória e por isso cometeu algumas irregularidades em 2015. No entanto, ele afirmou que o alvará de funcionamento foi renovado em outubro do ano passado.
Os policiais deixaram o local por volta das 12h30 e seguiram para outro endereço.
Interdição
Sobre a primeira empresa que foi alvo da operação, que funciona na Serra, a Vigilância Sanitária do município informou que, contra ela, houve denúncias e será publicada uma interdição por edital. Isso porque, na última quarta-feira (17), eles foram até o endereço, mas nenhum responsável foi encontrado.
“A empresa vem sendo notificada, inspecionada desde que requereu o primeiro alvará. Ela é notificada e orientada a todo momento. Em outubro do ano passado houve uma ação e a empresa foi interditada. O motivo foi pelo teor das denúncias e pelo que foi verificado. O mesmo motivo de agora. Na verdade, agora foi um desdobramento dessa ação que nós fizemos lá em outubro. Nós fomos no local ontem, não encontramos ninguém e a empresa continuará em monitoramento. Será publicada uma interdição por edital”, explicou a gerente de Vigilância Sanitária da Serra, Jeane Souza Sobral Nascimento.