"Eu fiquei uns dois dias sem conseguir levantar da cama", diz vítima de bala perdida em Vitória
A mulher foi atingida durante um tiroteio na região da Grande São Pedro, na capital capixaba
Uma mulher de 35 anos, vítima de bala perdida enquanto ia a uma farmácia na Grande São Pedro, em Vitória, recebeu alta médica. O crime aconteceu no último domingo (02), quando dois homens passaram atirando de dentro de um carro.
A reportagem da TV Vitória/ Record TV conversou com a vítima que preferiu não ser identificada. Ela e a sobrinha saíram para comprar fraldas para uma bebê e viu o momento em que os suspeitos começaram a atirar.
"Quando eu olho na janela da frente e de trás (do carro), uns rapazes tiraram o braço. Eu vi que estavam armados com revólver e começaram a atirar na nossa direção. Minha sobrinha virou as costas e correu para voltar. Eu fui para frente para ver um beco, procurar uma casa para entrar e sair daquele pesadelo. Eu senti alguma coisa batendo no osso da minha clavícula e continuei correndo no desespero de sair dali", disse.
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De acordo com a vítima, os pais dela começaram a se sentir mal, assim que souberam do tiroteio, pensando que ela tinha sido atingida no peito.
"A notícia que chegou para a minha família foi que eu tinha sido atingida no peito e eu quase perdi minha mãe e meu pai. A minha mãe começou a passar mal e meu pai entrou em crise de choro", relatou.
O atendimento médico foi rápido. Na policlínica, a mulher fez exames e precisou controlar a pressão que estava alta. Depois de tudo que enfrentou, a mulher evita sair de casa e não deixa os três filhos brincarem na rua.
"Toda hora vem a imagem na minha cabeça. Eu ficou com medo dos meus filhos saírem e acontecer com eles também. Tem muita criança na região, pode acontecer de eles estarem passando e acontecer com eles também. Tem muita gente do bem, trabalhadora e ficamos a mercê da violência", destacou ela.
Ainda se recuperando do trauma físico e emocional, a vítima tem no corpo a marca do disparo que a atingiu de raspão. Ela só conseguiu voltar ao trabalho, dias depois de ter sido baleada.
"Eu fiquei uns dois dias sem conseguir levantar da cama. Depois doeu muito, me deu dor no corpo. Não sei se foi devido à pancada ou ao emocional abalado, mas até hoje sinto muita dor no corpo, mas já consegui voltar a trabalhar", contou.
A Polícia Civil informou que o caso continuará sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).