Polícia

"Não pode atirar para cima, é perigoso", diz menina de 8 anos vítima de bala perdida

Apesar do susto, a menina está bem e aos cuidados da família

Foto: TV Vitória

A menina de 8 anos, atingida por uma bala perdida na cabeça, nesta quinta-feira (13), recebeu atendimento médico e já está em casa aos cuidados da família. Após o susto, a mãe e a criança falaram com a equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV

O caso aconteceu no bairro Jardim Botânico, em Cariacica. Segundo a mãe, que é moradora da região há 30 anos, um tiro acertou o telhado da casa onde mora com as duas filhas e o projétil atingiu a cabeça de uma das meninas enquanto ela estava no sofá. 

A menina contou que, inicialmente, não entendeu o que havia acontecido.  Quando viu a roupa cheia de sangue,  ela chamou pelos familiares e foi socorrida.

"Eu estava no canto do sofá, mexendo no celular. De repente, eu achei que fosse uma pedra. Mas, quando vi, eu reparei que não era uma pedra. Aí minha roupa toda tava uma bola de sangue. Aí minha tia, mora bem ali, tentou me dar um copo de água, mas eu não podia beber. Aí chegaram os vizinhos, eu tava muito nervosa", contou a criança. 

A mãe estava na cozinha no momento em que a filha foi atingida e, ao ouvir os gritos, correu para ajudá-la. Foi nesse momento que ela notou o vestido da menina, completamente sujo de sangue. 

"Eu escutei tipo uma pedra caindo em cima da casa e ela gritou, aí fui ver o que tinha acontecido. Eu já vi sangue, aí eu corri, olhei o corpo dela para ver como é o que estava. Tinha atingido só a cabeça. Aí, eu vi a bala no chão e entendi que ela tinha sido atingida de raspão na cabeça", relatou a mulher. 

O primeiro atendimento foi realizado pela Polícia Militar. Os militares foram acionados e colocaram a criança na viatura para levá-la ao hospital. No caminho, conseguiram encontrar uma ambulância do Samu e os socorristas fizeram o encaminhamento da vítima para o Hospital Infantil da capital. 

A menina, apesar de ainda estar abalada com o que aconteceu, faz um apelo. "O que eu tenho para falar, é que não pode atirar pra cima, porque é muito perigoso. Criança na rua, mais perigoso ainda", disse. 

Por nota, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). Até o momento nenhum suspeito foi detido e, por enquanto, detalhes não serão divulgados.

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