Uma das linhas da investigação do caso dos quatro adolescentes suspeitos da morte de Alexandre Silva dos Santos Junior, de 16 anos, demonstra que o crime foi motivado por ciúmes. O caso aconteceu em 14 de abril do ano passado, no bairro Terra Vermelha, em Vila Velha.
De acordo com o delegado-adjunto do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa do município, Christian Waichert, os adolescentes confessaram para a polícia que a ação durou 40 minutos.
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Segundo as investigações, Alessandro havia se apaixonado por uma menina que conheceu na academia. Enciumado, o namorado da garota planejou a morte do adolescente junto com outros 3 companheiros e a permissão da menina.
“A ideia principal era arrumar um simulacro de arma de fogo, marcar um encontro com a vítima, render ele, levar para um local escuro e assassinar o rapaz. Como não conseguiram o simulacro, envolveram essa menina na trama criminosa”, detalhou o Delegado Adjunto da DHPP de Vila Velha, Cristhian Waichert.
De acordo com a polícia, a menina que Alessandro havia se apaixonado ficou responsável por marcar um encontro com a vítima e direcioná-lo até o local.
Quando o garoto chegou ao ponto combinado, avistou a jovem e começou a caminhar na direção dela, mas foi surpreendido pelo grupo de adolescentes com uma facada pelas costas. Alessandro caiu e foi agredido por 40 minutos com chutes, pauladas e facadas.
Segundo os adolescentes, o menino implorou pela vida, pedindo para que pudesse ir para a casa ver a mãe, pois ela o esperava. “Nenhum deles se sensibilizou, nenhum deles se arrependeu, nenhum deles tentou evitar que o pior acontecesse”, continuou o delegado.
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Polícia se surpreendeu com crueldade dos adolescentes
O grupo retornou ao local do crime no dia seguinte, onde jogaram areia e água para apagar os vestígios do crime. A polícia se surpreendeu com a crueldade dos adolescentes, que não tinham passagem pela polícia.
Após o crime, a menina e o namorado fugiram para outro Estado, mas foram localizados e o homicídio foi confessado.
Mesmo com a gravidade do crime, os adolescentes podem ser soltos em até 3 anos.
“O adolescente hoje tem prazo máximo de internação de até 3 anos. As leis permitem que eles fiquem pouco tempo apreendidos e entendem que esse prazo de 3 anos é o ideal para ressocializar um adolescente”, terminou o delegado.
*Com informações da repórter Suellen Araújo
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