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O policial militar reformado Lucas dos Santos Lage, investigado pela morte do perito Celso Marvila, foi condenado a sete anos de prisão em regime semiaberto e pagamento de multa pelo crime de tráfico de drogas.
Apesar da condenação, a PM informou que o militar encontra-se detido em regime fechado no presídio militar e não responde por investigação na esfera militar, por ser policial reformado.
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O julgamento do caso aconteceu na última quarta-feira (18). Na decisão, a juíza da 3º Vara Criminal de Vila Velha, Adriana Costa de Oliveira, destacou que o alto valor e a grande quantidade de drogas encontrada com o suspeito. A magistrada ainda não permitiu que o acusado recorra em liberdade.
“O crime de tráfico ilícito de entorpecentes é de ação múltipla, sendo que a prática de qualquer uma das condutas incriminadoras previstas no artigo 33, da Lei nº 11.343/06 preenche o núcleo do tipo penal. Restando patente que o recorrente guardava substância entorpecente destinada à comercialização, encontra- se devidamente confirmada a autoria e a materialidade delitiva, não havendo que se falar em absolvição, tampouco na desclassificação para o art. 28, da Lei de Tóxicos“, argumentou ao avaliar o caso.
Lucas foi preso em 1º de setembro de 2022 durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão realizado em sua casa na Barra do Jucu, em Vila Velha.
A condenação veio após a polícia encontrar materiais ilícitos no endereço do PM reformado. À época, na casa de Lucas, a polícia apreendeu um pacote contendo grande quantidade de uma droga sintética chamada MDMA, dois pacotes de maconha, balança de precisão, quatro facas, algemas, três celulares, R$ 9.200 em espécie, uma pistola com dois carregadores e munições de vários calibres.
Sobre a pistola, no dia da apreensão, o Lucas alegou que o dispositivo seria de um sargento do Corpo de Bombeiros e que estaria em sua posse apenas para fazer a limpeza.
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O mandado de busca e apreensão tem como origem o caso do assassinato do perito criminal aposentado Celso Marvila Lima, que também era presidente do Jockey Clube do Espírito Santo, em Itaparica, Vila Velha. O homicídio ocorreu no início de agosto de 2022.
De acordo com informações do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Lucas dos Santos Lage é um dos quatro denunciados do homicídio de Marvila e deve ir a júri por esse crime.
Segundo denúncia do MPES, o crime foi praticado à traição, contra pessoa maior de 60 anos, premeditadamente e por motivo torpe. Além disso, o acusado também responderá por fraude processual, por manipular de forma artificiosa o local do crime de onde foram retirados o corpo e outros vestígios e evidências.
A equipe de jornalismo da TV Vitória também tentou contato com a defesa do policial, mas não houve retorno.