Polícia

Adolescentes suspeitos de torturar e matar jovem são apreendidos

Os suspeitos, de acordo com a polícia, agrediram e esfaquearam a vítima por 40 minutos e depois deixaram o corpo no mato para que fosse comido por urubus

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Quatro adolescentes suspeitos de envolvimento na morte de um jovem, de 16 anos, foram apreendidos. Segundo as investigações, Alexandre Silva dos Santos Junior foi torturado antes de ser morto a facadas próximo a um colégio na região de Terra Vermelha, em Vila Velha.

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O crime aconteceu em 14 de abril do ano passado. De acordo com o delegado-adjunto do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa do município, Christian Waichert, Alexandre foi morto porque estaria tentando um relacionamento com a ex-namorada de um dos suspeitos.

"Pelas informações colhidas durante a investigação, a vítima conheceu a menina, se encantou por ela e tentou um relacionamento amoroso. O ex-namorado descobriu e se juntou com mais dois amigos para ceifar com a vida dele", disse. 

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Antes do assassinato, segundo as investigações, nenhum dos suspeitos teriam praticado outros crimes. Durante os depoimentos, um dos envolvidos confessou o crime e deu detalhes de como ocorreu.

"Um dos adolescentes confessou que eles estavam tentando conseguir um simulacro de arma de fogo. Eles queriam marcar um encontro com a vítima, rendê-la e levá-la para um local escuro, onde iriam assassinar o rapaz", explicou o delegado.

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Como os suspeitos não conseguiram o simulacro, eles então decidiram envolver a menina no crime. Ela e o ex-namorado estavam tentando uma reaproximação, quando Alexandre tentou se aproximar dela.

"Ela marcou com ele (Alexandre) dando a entender que ficariam mais a vontade. No momento que chegou no local, ele foi surpreendido pelo ex-namorado dela pelas costas. Ele caiu e começou a ser agredido com chutes, pauladas e facadas. Essas agressões duraram mais de 40 minutos", continuou o delegado.

A polícia acredita que os suspeitos agiram com crueldade para cometer o crime. Ainda segundo o relato de um dos envolvidos, a vítima gritava a todo momento para ir embora porque a mãe o esperava em casa, mas nenhum dos criminosos se sensibilizaram.

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Após o crime, a menina e o companheiro fugiram para outro estado. Eles foram localizados e acabaram apreendidos. A jovem contou à polícia que, durante a ação, os suspeitos agiram de forma cruel. 

"A própria adolescente relatou que os três pareciam não ter pressa para cometer o crime. Queriam vê-lo sofrer. A vítima foi agredida na rua, levada para o mato e a intensão era deixar ali para que urubus comecem o corpo", disse o delegado.

Os suspeitos teriam voltado no dia seguinte ao crime e jogaram areia e água com o intuito de apagar as marcas do homicídio. 

Os quatro adolescentes apreendidos, três de 15 anos e um de 16, foram autuados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto, já que após o crime levaram o celular da vítima. 

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De acordo com o delegado, mesmo diante da crueldade, por serem menores de idade, caso sejam considerados culpados eles podem ficar internados por, no máximo, três anos.

Por serem menores de 18 anos, os suspeitos não tiveram o nome divulgado, conforme determina a legislação brasileira.