Polícia

Capixaba morta em shopping de João Pessoa será enterrada no ES

O corpo da gerente de restaurante Mayara Valéria Barros, de 37 anos, morta nessa sexta-feira (12) em um shopping em João Pessoa, será enterrado em Vitória

Ana Paula Brito Vieira

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução

O corpo da gerente de restaurante Mayara Valéria Barros, de 37 anos, morta nessa sexta-feira (12) na praça da alimentação de um shopping em Mangabeira, zona sul de João Pessoa, será enterrado em Vitória, no Espírito Santo. A informação foi confirmada pela família da vítima durante entrevista à TV Correio, afiliada da Record.

O corpo, que foi liberado do Instituto de Polícia Científica (IPC), da Políca Civil, na manhã deste sábado (13), está sendo velado em uma central de velórios no bairro de Jaguaribe.

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A capixaba não resistiu após ser atingida na coxa, tórax e abdômen e morreu ainda no local do crime. De acordo com o médico legista Flávio Fabres, a autópsia detectou que um desses disparos atravessou o pulmão esquerdo e o coração.

“A causa da morte foi uma anemia aguda, um choque hemorrágico. Ela perdeu muito sangue. O disparo atingiu órgãos essenciais para a vida e os afetaram de forma irreversível”, explicou o legista.

"Momento muito difícil", diz irmã da vítima

Nathália Ramalho, irmã de Mayara, deu uma entrevista ao programa Correio Verdade (TV Correio) sobre os momentos de angústia ao descobrir que Mayara tinha sido morta.

“A gente recebeu a notícia por uma amiga que mora em João Pessoa. Ela me ligou muito para avisar que a Mayara tinha sido baleada, mas a princípio ela não queria me falar sobre o óbito. Meu irmão viu notícias e pessoas que a gente conhece começaram a ligar para a gente. Daí pra cá, acabou tudo”, disse ela, aos prantos.

Nathália contou que foi para João Pessoa morar com Mayara, há seis anos, mas retornou para o Espírito Santo, enquanto Mayara se estabeleceu na Paraíba, onde casou e teve seus dois filhos.

“Ela tava feliz, buscando os planos dela. Era uma menina de fé, de muito amor. Era maravilhosa, contente, nunca humilhou nem a família dela, quem dirá uma outra pessoa”, disse.

Capixaba não estava gravida

O corpo de Mayara havia sido liberado durante a manhã deste sábado após o reconhecimento feito pelo marido da vítima. Inicialmente, as informações eram de que ela estava gravida, mas o médico legista negou a gravidez.

"A autópsia tem que ser completa. Durante o exame cadavérico fazemos um exame de todas as cavidades do corpo. Uma dessas cavidades é a uterina. Nós fizemos uma incisão na cavidade uterina e vimos que não tinha nenhum conteúdo gestacional", explicou Flávio Fabres.

Entenda o caso

O atirador seria um homem que não aceitou ser reprovado em um processo seletivo para uma vaga de emprego no restaurante em que Mayara Valéria Barros trabalhava como gerente.

De acordo com informações do Portal Correio, o alvo do atirador seria o dono do restaurante. O empresário foi abordado quando conversava com a capixaba Mayara.

O dono do restaurante conseguiu se esquivar do disparo, mas Mayara acabou atingida. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo o jornal local, havia três anos que ela morava no estado.

Antes de se entregar à polícia, o suspeito, identificado como Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, de 47 anos, ainda tentou fazer uma pessoa refém. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi acionado. O homem acabou preso e deve passar por audiência de custódia neste sábado (13).