Polícia

Quadrilha usava bolsa "engana alarme" para furtar roupas em 6 shoppings do ES

Segundo a Polícia Civil, o grupo utilizava sacolas de alumínio, que não são detectadas pelos sistemas de segurança, sendo possível realizar os furtos

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Os integrantes de uma quadrilha especializada em cometer furtos em lojas de departamento foram presos em Vila Velha. Os crimes aconteciam em seis shoppings da Grande Vitória. A estimativa é que eles tenham adquirido R$ 1,5 milhões com as ações. 

Durante as ações, o grupo utilizava um tipo de bolsa “engana alarme”, ou seja sacolas de alumínio que não são detectadas pelos sistemas de segurança, sendo possível dessa forma, realizar os furtos. 

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (10), a Polícia Civil informou que os presos na ação foram identificados como: 

Ana Carolina Alves – 23 anos
Emerson Santos da Silva – 25 anos
Jaqueline Souza Pontes – 28 anos
Marcos Aurélio Oliveira da Penha – 30 anos
Thaiane Henrique dos Santos – 26 anos

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As investigações tiveram início dois dias antes das prisões, quando o veículo em que eles estavam foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Minas Gerais. O superintendente do órgão, inspetor Pestana, destacou que, a partir disso, a quadrilha começou a ser monitorada. 

“A PRF identificou um carro suspeito e ele foi abordado em Minas. O policial viu quatro elementos, ele qualificou eles, e chamou a atenção que eles estavam sem nenhuma bolsa. Com isso, colocaram para investigar”, disse o inspetor Pestana. 

Grupo foi preso na Rodovia Darly Santos

Segundo o delegado Gabriel Monteiro, titular do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), com base nas investigações, a prisão de quatro dos integrantes foi realizada no momento que eles estavam em um shopping, localizado na Rodovia Darly Santos, em Vila Velha. 

“Eles estavam saindo com o carro, efetuamos a prisão. A outra estava indo para a rodoviária, indo para o seu estado de origem. Mas ela também foi presa durante a ação”, destaca. 

Como os criminosos agiam nos shoppings? 

O delegado Gabriel Monteiro explica que os cinco criminosos se dirigiam no mesmo veículo para os shoppings nos municípios da Grande Vitória. Durante as ações, as tarefas do grupo eram divididas. 

“Três eram responsáveis por entrar nas lojas e pegar as peças, enquanto isso, um fazia a segurança deles, ele ficava do lado de fora analisando o cenário do crime. Já o quinto era o motorista e ficava no veículo para auxiliar na fuga”, explica. 

Além disso, ele destaca que, um dos criminosos já havia trabalhado como gerente em uma loja de departamento em um shopping. “Com isso, eles sabiam todas as falhas de segurança”. 

Veja o que o delegado Gabriel Monteiro falou sobre a organização criminosa:

O delegado também explicou que o grupo tinha uma “preferência por roupas mais caras”. “Eram peças na etiqueta, eles não pegavam roupa baratinha, eram todas em torno de R$ 300 e R$ 350”. 

Após furtos levavam as roupas para hotéis 

A Polícia Civil explicou que após agirem em vários shoppings, os criminosos alugaram até mesmo dois quartos de hotel na capital. As hospedagens eram localizadas em Camburi e contavam até mesmo com piscina. 

“Eles iam furtando as lojas e levando para o quarto de hotel. Quando eles enchem o saco (utilizado para transporte), levam o material para a rodoviária, mandam para Brasília ou São Paulo”, destaca o delegado Gabriel Monteiro. 

Nessas grandes cidades, uma mulher foi identificada como a receptora das mercadorias roubadas. “Ela será indiciada, ao possuir uma loja com CNJP para vender as roupas”. 

Veja o vídeo do flagrante da polícia em quarto de hotel usado pela quadrilha:

Grupo utilizava bolsa “engana alarme”

Para não serem identificados, o delegado Gabriel Monteiro detalhou que o grupo utilizava uma bolsa “engana alarme”. As sacolas foram criadas com um material específico, o alumínio, que não é reconhecida pelo sistema de segurança das lojas. 

Foto: Divulgação / PCES

Grupo estava com passagem comprada 

A Polícia Civil ressaltou que essa não é a primeira vez que o grupo criminoso atuou no Espírito Santo. No mês de junho de 2023, os integrantes cometeram o mesmo crime em lojas do Estado.

O grupo também atuava em estados como São Paulo e estava com passagens compradas para Balneário Camboriú, localizada em Santa Catarina. “O trabalho dificultava a investigação da polícia. Eles cometiam a ação e iam embora”, disse Gabriel Monteiro. 

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, destacou que as prisões foram importantes. “Para retirar de circulação os indivíduos que vão até o Espírito Santo para cometer crimes”. 

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