Polícia

VÍDEO | "Ele lavava a roupa dela para sentir o cheiro", diz amiga de enfermeira morta

Amigas e parentes contam que Íris Rocha mudou a forma de se vestir e ficou mais reclusa após começar a namorar o suspeito. Ele controlava inclusive o celular dela

Elisa Rangel

Redação Folha Vitória
Foto: reprodução de video

Desde o dia 8 de abril de 2023, quando começou a namorar Cleilton Santana dos Santos, a enfermeira Íris Rocha não era mais a mesma pessoa. Conhecida por ser uma jovem alegre e carinhosa, ela passou a ficar mais calada, reclusa e até mesmo mudar a forma de se vestir.

As informações são de amigas e familiares da enfermeira, que revelam que a mudança brusca de comportamento foi consequência do relacionamento tóxico imposto por Cleilton. Ele foi preso nesta quinta-feira (18) suspeito da execução.

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Amigas contam que ele foi morar na casa dela, em Jacaraípe, na Serra, e controlava tudo: quais roupas ela poderia usar, a ida e o retorno ao trabalho, com quem conversava, verificava mensagens e ligações no celular de Íris e, inclusive, lavava as roupas dela para monitorar se havia algum "cheiro suspeito".

Foto: Divulgação
Cleilton e Íris: relacionamento durou apenas alguns meses
"Ela se reservou muito porque ele controlava ela. Ele controlava ela em tudo. Até a roupa... A coisa mais impressionante é que ele lavava a roupa dela porque ele tinha que sentir o cheiro, se tinha cheiro de gente. Isso é o que ela me relatou", contou chorando uma das melhores amigas de Íris.

VEJA VÍDEO DE ÍRIS EM CHÁ DE BEBÊ:

À enfermeira, Cleilton disse que era policial militar, mas nunca ingressou no quadro da PM. Para as amigas, a principal característica dele era a possessão.

"Ela me contou das agressões psicológicas que ele fazia. Ela não podia usar qualquer roupa. Era ele que escolhia a roupa dela. Ele até buscava e levava Íris no trabalho, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Buscava inclusive na hora do almoço, para almoçar. Fazia isso porque não queria ver ela com ninguém. Era um homem possessivo", disse uma amiga.

Enfermeira conheceu suspeito em igreja evangélica

Uma parente também fez os mesmos relatos e detalhou que as roupas de Íris passaram a ser mais fechadas, cobrindo o colo e as pernas. O casal havia se conhecido em uma igreja evangélica e Cleilton não levantava nenhuma suspeita de ser agressivo, segundo a família.

Foto: Divulgação
Íris Rocha antes de conhecer Cleilton
"Eles se conheceram na igreja. Cleilton é da igreja, inclusive a família dele. Desde de que eles começaram a namorar Íris passou a usar roupas fechadas, parecendo até burca. Ele mudou até a forma dela se vestir. Ela ficou mais calada, não estava mais perto da família, se afastou de todos, mesmo a gente insistindo e perguntando como as coisas estavam", descreveu uma familiar.

Em outubro do ano passado, Íris registrou uma ocorrência de violência doméstica contra Cleilton após denunciar que havia levado um "mata-leão" dele. Na ocorrência ela pediu medida protetiva.

Segundo parentes e amigas, desde então, os dois não estavam mais juntos. No entanto, alguns sabiam que eles acabavam se encontrando em função da bebê que Íris esperava, que era fruto do relacionamento do casal. A neném se chamaria Rebeca.

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