Na Serra

Irmão homenageia professor de jiu-jítsu morto: "Coração muito bom"

Thiago Louzada Charpinel Goulart, de 43 anos, foi assassinado com tiros na cabeça, em Vila Nova de Colares. Família quer justiça

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/TV Vitória e acervo pessoal

A família de Thiago Louzada Charpinel Goulart, de 43 anos, morto a tiros, na noite de sexta-feira (04), questiona a motivação do crime tão brutal. O professor de jiu-jítsu foi baleado na cabeça enquanto conversava com parentes em frente a uma casa, no bairro Vila Nova de Colares, na Serra.

Em entrevista à reportagem da TV Vitória/Record, o irmão da vítima, que preferiu não se identificar, contou que Thiago era querido por familiares, amigos e alunos.

“Meu irmão era professor de Educação Física, trabalhava em academia e também era professor de jiu-jítsu. Ele tinha um coração muito bom, gostava muito de ajudar as pessoas. Eu não consigo nem imaginar qual foi a motivação", disse.

O crime aconteceu por volta das 20h30, enquanto a vítima esperava pela filha, de seis anos, para tomar um sorvete. A menina morava com a tia-avó, e ele residia no Bairro das Laranjeiras, na região de Jacaraípe, também na Serra.

Assim que a pequena entrou para calçar os chinelos e sair, o suspeito de assassinar Thiago chegou atirando à queima-roupa.

“A princípio, só falaram que ele estava visitando a filha, e um homem se aproximou dele e efetuou os disparos que o mataram. No local, as pessoas comentaram que foi um homem vestindo bege, com manga comprida e calça, que veio da praça, se aproximou dele, encostou a arma na cabeça e atirou. Depois, ainda disparou contra o corpo no chão. O assassino levou só o celular dele”, relatou o irmão.

A menina quase viu tudo. Na entrevista, o irmão conta que a tia entrou em casa na mesma hora e encontrou a criança saindo e dizendo que tinha ouvido os "fogos".

"A filha dele ainda não sabe. A gente não sabe como vai contar.”

Agora, a família espera por justiça.

"Eu conto com o trabalho da polícia. Falaram que a perícia esteve aqui até 2h; o crime aconteceu às 20h30. Eu confio no trabalho deles. Tem câmeras aqui na região e a descrição da roupa do suspeito. Também faço um apelo: se alguém souber de algo, que faça a denúncia”, pediu o irmão.