O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) realizou neste sábado (20) e domingo (21) operações em lagoas e reservas ambientais localizadas no Norte do Estado, além da verificação de denúncias. O saldo até o momento foi de duas armas de fogo apreendidas, munições, redes e peixes. Cinco pessoas foram conduzidas à delegacia pelos crimes de posse irregular de arma de fogo e pesca irregular.
A primeira apreensão aconteceu em Linhares. Durante a verificação de denúncia anônima no bairro Vila Izabel, um homem de 39 anos foi apontado como suspeito de realizar a caça de animais na região. Em sua residência foram encontradas duas armas de fogo, sendo uma garrucha Rossi calibre ponto 40 e uma garrucha Rossi calibre 22. Também foram encontrados munições, frascos de pólvora e vários pios para atrair animais.
O denunciado foi conduzido à Delegacia de Linhares por posse irregular de arma de fogo.
Ainda em Linhares, em fiscalização com embarcação na Lagoa do Meio, foram encontradas três redes de espera instaladas no local. Não foi possível identificar quem colocou o material no leito da lagoa. O equipamento foi apreendido e encaminhado para a delegacia.
Em São Mateus, na Lagoa do Tesch, quatro pescadores foram flagrados armando redes no local, o que é proibido em razão da piracema (período em que os peixes se reproduzem). Cerca de 1.100 metros de rede foram apreendidos, além de 20 quilos de pescado. Os acusados e os equipamentos de pesca foram entregues na delegacia de São Mateus. Os peixes foram doados a entidades filantrópicas do município.
O BPMA alerta para a importância de se respeitar a piracema nos rios e lagoas do estado, tal ação visa garantir a reprodução das espécies e a sustentabilidade da atividade pesqueira. Durante esse período, é proibida a pesca de espécies nativas, bem como a utilização de qualquer tipo de rede em lagoas e rios. A piracema no Espírito Santo vai até o dia 28 de fevereiro.
Quem for flagrado realizando a pesca de espécies nativas será conduzido em flagrante e somente poderá ser liberado após o pagamento de fiança. O ilícito, previsto na Lei de Crimes Ambientais, prevê pena de 01 a 03 anos além de multa.