Morte de sargento: suspeito preso teria recebido R$ 300 para dar fuga aos atiradores
O suspeito foi localizado na noite de sexta-feira (18), perto de uma pracinha do bairro Itararé, em Vitória
O carro do homem que foi preso na noite de sexta-feira (18), suspeito de envolvimento na morte do sargento da Polícia Militar Marco Antônio Romania, de 53 anos, foi apreendido e passou por perícia na manhã deste sábado (19).
O veículo foi localizado pela polícia perto de uma pracinha do bairro Itararé, em Vitória. O motorista foi abordado pelas equipes e, segundo consta no boletim de ocorrência, ele confirmou envolvimento na morte do sargento.
Segundo o boletim, o suspeito de 43 anos afirmou que levou, em seu carro, os dois suspeitos de terem atirado contra o sargento. O homem ainda confirmou que buscou os atiradores após o crime e que recebeu R$ 300 pelo serviço.
O homem contou também que os atiradores voltaram para o carro com três armas. Duas seriam deles e a terceira seria a do sargento, que foi roubada.
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Até a manhã deste sábado, o carro apreendido ainda estava no pátio da Delegacia Patrimonial de Vitória. O veículo foi lavado logo após o crime e o resultado da perícia ainda não foi divulgado.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito preso foi levado para o presídio de Viana. Pelo menos outros dois homens ainda não procurados pela polícia.
Sargento foi morto em bar de Vitória
O crime aconteceu na noite de quarta-feira (16). O sargento Marco Antônio, de 53 anos, estava no bar quando suspeitos invadiram o local e tentaram assaltar o estabelecimento.
Os criminosos exigiram que os clientes levantassem as camisas e, ao verem que o policial estava armado, efetuaram três disparos contra a vítima.
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A Polícia Civil informou que o caso foi registrado, inicialmente, como latrocínio e seguirá sob investigação do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic).
"Foi covardia", diz secretário de Segurança Pública do ES
Após o ocorrido, o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Alexandre Ramalho, disse que o efetivo trabalha na investigação do caso e chamou o crime de "covardia".
Ramalho disse que as investigações começaram imediatamente após o crime. A princípio, o caso é tratado como latrocínio, mas nenhuma hipótese está descartada.
"Sargento Romania era um policial militar de muito valor. Esse tema é muito caro para o governo. Em uma semana, estamos perdendo dois militares. Este caso, a princípio, está sendo tratado como latrocínio. Aquele era um estabelecimento humilde e reúne moradores do local, que estavam assistindo uma partida de futebol", contou Ramalho.
"O sargento estava ali com amigos e os suspeitos chegam com pistolas, conduzem um grupo de pessoas para a cozinha e o sargento é levado para a despensa. Em fração de segundos, essas pessoas ouvem três disparos. Não levaram nada do estabelecimento, mas levaram a arma particular do sargento. Não sabemos se eles presumiram que era um policial. É uma covardia", disse Ramalho.
Segundo o secretário, a perícia da Polícia Civil apontou que foram três disparos. "Foi um tiro no pescoço, na cabeça e na nuca. O da nuca dá a entender que ele já estava caído", afirmou.
Com informações da repórter da TV Vitória/Record TV, Suellen Araújo.
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