Familiares e amigos do sargento da Polícia Militar, que foi assassinado a tiros em um bar de Joana D’arc, em Vitória, se despediram nesta quinta-feira (17) em um velório realizado no centro comunitário do bairro. O policial deixou duas filhas, a mãe e a noiva.
O crime aconteceu na noite desta quarta-feira (16). O sargento Marco Antônio Romania, que era morador do bairro há mais de quatro décadas, estava no bar quando suspeitos invadiram o local e tentaram assaltar o estabelecimento.
Os criminosos exigiram que os clientes levantassem as camisas e, ao verem que o policial estava armado, efetuaram três disparos contra a vítima. Até o momento, a hipótese é de que Romania, como era conhecido no bairro e no trabalho, seja vítima de latrocínio, roubo seguido de morte. No entanto, nenhuma outra hipótese está descartada.
A irmã do policial, Soyara Romania, foi a primeira familiar a receber a notícia da morte. “A inquilina dele me chamou e perguntou se eu tinha ouvido tiros. Ela disse que o Marcos tinha sido baleado. Eu disse ‘é impossível’. Meu outro irmão estava chegando e foi lá ver se era realmente verdade”, contou.
De acordo com moradores e amigos de Marcos, ele era um homem carismático, querido por todos e gostava muito de frequentar os bares da região.
“Ele mora aqui desde os cinco, seis anos de idade, então todo mundo conhece ele. Os botecos aqui todos, todo mundo. A gente vai no boteco, todos nós vamos. Todo mundo conhece ele”, disse a irmã.
Segundo a família, Romania estava a seis meses de se aposentar. “Ele estava terminando a casinha dele para poder casar. Ele estava noivo. A noiva dele saiu daqui agora há pouco, arrasada”, desabafou Soraya.
A mãe de Marcos ainda não consegue acreditar no que aconteceu com o policial, que dedicou mais da metade da vida à segurança pública. Primeiro, ao Corpo de Bombeiro e depois à Polícia Militar.
“Minha mãe está tão arrasada que ela me perguntou ‘o que vamos fazer amanhã?’. Ela quis dizer que não sabe o que fazer sem o Marcos aqui e eu não soube responder”, finalizou.
O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Alexandre Ramalho, disse que o efetivo trabalha na investigação do caso e chamou o crime de “covardia”. Ramalho explicou que as investigações começaram imediatamente após o crime.
“O sargento estava ali com amigos e os suspeitos chegam com pistolas, conduzem um grupo de pessoas para a cozinha e o sargento é levado para a despensa. Em fração de segundos, essas pessoas ouvem três disparos. Não levaram nada do estabelecimento, mas levaram a arma particular do sargento. Não sabemos se eles presumiram que era um policial. É uma covardia”, disse Ramalho.
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