Caso Kauã e Joaquim: julgamento de ex-pastor é adiado após pedido da defesa
O adiamento do júri popular de Georgeval Alves em Linhares acontece porque o novo advogado do réu passará por uma cirurgia
O julgamento que vai apontar o destino do ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves, acusado de estuprar e matar o próprio filho e o enteado, em 2018, foi adiado para abril. Anteriormente, a Justiça havia marcado o júri popular para 13 de março, mas após um pedido da defesa, o julgamento foi remarcado para 3 de abril, em Linhares.
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De acordo com a defesa de Georgeval, o adiamento do juri acontece porque o novo advogado do réu, Pedro Henrique Souza Ramos, passará por uma cirurgia na semana em que o júri tinha sido marcado inicialmente. Sendo assim, a nova data respeita o período de 15 dias recomendado pelo laudo médico do defensor.
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Georgeval Alves é acusado de estuprar e matar o próprio filho, Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e o enteado, Kauã Sales Butkovsky, de 6 anos.
O crime aconteceu na madrugada do dia 21 de abril de 2018, na casa da família, em Linhares. A Polícia Civil concluiu que Georgeval estuprou, espancou e, em seguida, ateou fogo nas duas crianças, enquanto elas ainda estavam vivas.
Mãe das crianças não será julgada
A mulher dele e mãe dos meninos, a pastora Juliana Salles, chegou a ser presa na época porque, no entendimento da Justiça, apesar de estar viajando na noite do incêndio, ela foi omissa e sabia dos abusos que as crianças sofriam.
No entanto, o juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares decidiu por não levá-la a júri popular. Em sua decisão, o magistrado entendeu que não havia nos autos do processo provas cabais que demonstrassem que a mãe dos irmãos teria sido omissa ao permitir a aproximação de Georgeval das crianças.
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Na época do crime, que causou muita comoção em Linhares, cidade localizada no Norte do Espírito Santo, o acusado alegou que estava dormindo, quando ouviu, pela babá eletrônica, as duas crianças chorando. Georgeval Alves disse que foi até o quarto dos dois, mas não conseguiu salvá-los.
A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram perícias na casa onde o caso aconteceu e no carro que geralmente era utilizado por Georgeval Alves e concluiu que a versão apresentada pelo acusado era falsa. O réu está preso desde o dia 28 de abril de 2018.