Uma cozinheira de 27 anos foi mantida em cárcere privado e agredida pelo ex-companheiro em Santa Luzia, Cariacica, durante o período de Carnaval.
A vítima havia fugido de Minas Gerais há seis meses devido ao comportamento violento do agressor.
Segundo informações de familiares da mulher, o agressor seria um jovem de 25 anos com quem a vítima mantinha um relacionamento há cerca de dois anos, ainda em Governador Valadares, região de Minas Gerais.
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Devido às muitas brigas e outras ocasiões de agressão, a cozinheira tomou a decisão do rompimento, fugindo para o Espírito Santo.
O objetivo da vítima era recomeçar a vida com as duas filhas, de 2 e 8 anos, além de ficar mais próxima de parentes que já moravam no Estado.
Mantida em cárcere privado
Apesar do medo, a cozinheira não bloqueou o número de telefone do ex-parceiro ao se mudar de Estado.
O rapaz, então, conversou com a mulher de maneira mais calma, afirmando ter mudado de comportamento. Assim, ele conseguiu o novo endereço da vítima.
Em Cariacica, a cozinheira foi agredida pelo homem duas vezes. A vítima optou por não dar entrevista. No entanto, um tio da mulher contou detalhes da convivência do agressor com a sobrinha.
“Ele quebrou tudo, todas as coisas dela, e ameaçou colocar fogo na casa. Tinha pegado um pano e colocado próximo ao fogão. Só que um vizinho viu que ela estava gritando demais e perguntou o que estava acontecendo. Mas ele disse que já estava indo embora”, comentou.
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Ainda segundo o tio da vítima, a sobrinha estava em cárcere privado durante o carnaval.
Para pedir ajuda, a cozinheira teria enganado o agressor, afirmando que iria telefonar para a ex-sogra, quando, na verdade, conversou com o tio.
“Ela tentou enganar ele, dizendo que iria telefonar para a mãe dele. Veio falar comigo e contou que estava dentro de casa. Eu disse que iria chamar a polícia.”
Pressão psicológica
Ainda segundo o tio da vítima, o ex-companheiro teria agredido também as duas filhas da mulher, que não são filhas dele, durante a primeira ocasião de violência no Espírito Santo.
“Ele agrediu, chutava as meninas, a mais novinha de 2 anos também. Chutava as crianças. Ela ficava com medo de sair e pedir ajuda e ele fazer algo com elas”, contou.
Na segunda ocorrência de agressão, porém, as filhas da cozinheira estavam na casa de parentes. Por isso, a mulher pediu ajuda.
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O caso mais recente de violência foi registrado no Plantão da Mulher, em Vitória. O homem foi autuado em flagrante por lesão corporal, cárcere privado, ameaça, injúria e violência psicológica na forma da Lei Maria da Penha.
Na manhã desta quarta-feira (14), ele foi encaminhado ao sistema prisional.
“Ela está com muito medo. Aonde ela vai, eu tenho que ir com ela de carro, resolver os problemas, porque ela não consegue. Está com muito medo de andar sozinha”, finalizou o tio.
*Com informações do repórter da TV Vitória/Record, Paulo Rogério.