Polícia

Carolayne foi cercada e morta por 8 traficantes ao dar marcha a ré

O crime foi registrado em outubro do ano passado; o chefe do tráfico de drogas de Divinópolis é o mandante de ação que motivou o crime, segundo a Polícia Civil

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A Polícia Civil concluiu que a jovem Carolayne Nascimento Barcelos, de 25 anos, foi morta dentro do carro após se assustar e dar marcha a ré no bairro Divinópolis, na Serra. O crime aconteceu em outubro do ano passado, no momento em que ela levava um funcionário da empresa em casa.

Durante as investigações, segundo a polícia, nove suspeitos foram identificados, sendo o mandante do fato que motivou o crime, o chefe do tráfico de drogas do bairro de Divinópolis, Rodrigo de Medeiros Borges, vulgo Rodrigo Caçador. Cinco deles foram presos e quatro estão foragidos. 

Os criminosos presos são: 

-Janderson de Almeida, vulgo Jandin ou Jacaré;
-Felipe Santos Filho, vulgo FP;
-Kaynan Dias Rodrigues Deniculi, vulgo Salada;
-Lucas Pereira de Oliveira, vulgo Axilgo Indião ou Gordinho;
-Marcos Vinicius Barbosa.

Foto: Montagem Folha Vitória

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Uma coletiva de imprensa foi realizada pela Polícia Civil, durante a tarde desta quinta-feira (1º). Foi destacado que no dia anterior que a jovem foi morta, Rodrigo Caçador havia feito um comunicado aos moradores e comerciantes. 

“O tráfico de drogas informou que todos tirassem as câmeras com o foco voltado para a rua. Isso porque os próprios traficantes realizam a segurança dos moradores. As câmeras não seriam necessárias para facilitar o trabalho das forças de segurança”, destacou a delegada Raffaella Aguiar, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).

Entretanto, um dos moradores não respeitou a ordem do tráfico e deixou a câmera voltada para a rua. Com isso, as investigações apontam que o grupo invadiu a casa e expulsou o morador do bairro, gerando novas ações dos traficantes. 

“Coletamos elementos, o chefe do tráfico, Rodrigo Caçador disse que todos deveriam ‘ficar na atividade’. Que abordassem todos os veículos e qualquer pessoa que acreditassem ser suspeitos. A intenção é que eles realizassem a segurança do bairro”, disse a delegada.

No momento que Carolayne saiu de um churrasco, foi abordada por oito traficantes e determinaram que ela abaixasse os vidros. “Como instinto, ela engatou a ré e com isso eles efetuaram os disparos que a atingiram fatalmente. Ela ainda bateu na porta da casa do pai”, detalhou Raffaella Aguiar.

Além disso, os criminosos não sabiam que era Carolayne que estava no carro. A jovem era conhecida na região porque o pai dela é comerciante do bairro. 

Local do crime não foi preservado, diz polícia 

Ainda conforme a delegada Raffaella Aguiar, mesmo com o local violado, a perícia conseguiu identificar o traçado dos disparos, confirmando a dinâmica. “Essa dinâmica é bem compatível com as testemunhas e os investigados presos”. 

Além disso, o sobrevivente relatou que foi abordado pelo lado dele, com os disparos passando pela lateral direita. “A vítima foi alvejada no malar, pela cabeça, pelo tórax”, destaca.

Entretanto, ainda não é possível identificar quantos criminosos realizaram os disparos que atingiram a vítima e o homem que ficou ferido. 

Polícia pede ajuda para encontrar envolvidos foragidos

Foto: Montagem / Folha Vitória

Durante as investigações, a Polícia Civil chegou ao número de nove homens envolvidos com o crime. Atualmente, cinco deles foram presos e outros quatro continuam foragidos da justiça. Eles foram identificados pela polícia como: 

-Jhon Cleiton Alves da Cruz, vulgo Jhon ou Jota;
-Marlon Borges de Aquino, vulgo Marlin ou Pateta;
-Rodrigo de Medeiros Borges, vulgo Rodrigo Caçador;
-Gilberto Freitas de Souza, vulgo Louva-Deus

O delegado-geral da Polícia Civil (PCES) em exercício, José Lopes, destacou que, nesse momento, é necessária a ajuda da população para denunciar, por meio do Disque-Denúncia 181, caso tenha alguma informação dos criminosos que estão foragidos. 

“A gente precisa da ajuda da população, através do 181. Esse crime não vai ficar impune, é um tipo de crime que incomoda muito a gente”, disse José Lopes. 

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Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtora Web
Produtora Web
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória