Polícia

Menina escreve carta em latim, assina nome de demônio e comete suicídio

Larissa Alves, de 15 anos de idade, foi encontrada enforcada em seu local de trabalho ao lado de carta escrita em latim, junto ao corpo

Ana Paula Brito Vieira

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/X/Crimes Reais/Montagem FV

Em 17 de janeiro de 2016, uma família de São Carlos, em São Paulo, recebeu uma notícia chocante: Larissa Alves, de apenas 15 anos, foi encontrada enforcada na sala de arquivos da empresa onde trabalhava.

Segundo relatos da família, a menina estava desaparecida desde que saiu do emprego no dia 15, por volta das 17h. As informações são do portal Crimes Reais.

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

O corpo foi encontrado por uma amiga que decidiu procurá-la no local de trabalho, ao lado de uma escada, indicando um possível suicídio.

O que inicialmente parecia ser uma infeliz fatalidade revelou-se algo mais sinistro quando uma carta foi encontrada junto ao cadáver pendurado. 

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

Apesar de ser comum em casos como esse, o conteúdo da carta não estava em português, mas sim em latim. De acordo com tradutores, veja na imagem abaixo o que a carta dizia:

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

É importante destacar que o idioma Latim, ao ser traduzido em ferramentas como o Google Tradutor, não costuma ser transcrito corretamente, exigindo um certo nível de conhecimento do usuário para realizar a escrita.

Outro detalhe estranho do caso é que, apesar do texto em latim estar escrito com letra de forma e sem erros ortográficos, o trecho “Amo voceis” apresentava uma gravura trêmula ao final da carta.

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

Apesar do suposto erro ortográfico, alguns tradutores sugeriram a hipótese de que a frase também poderia ser interpretada como “Amo a voz dela” em vez de “Amo vocês”.

Além disso, a carta não foi assinada por Larissa, mas sim por “Gaap” - identificado como o 33º Daemon de Goetia, conhecido como o “Demônio do Dia”, conforme descrito na “Chave Menor de Salomão”.

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

Segundo o grimório, essa entidade “aparece em forma humana junto a quatro reis, como um guia, quando o sol se encontrar ao hemisfério sul” – região de seu domínio. Gaap poderia causar amor e ódio, conceder sabedoria e ignorância, e comandar 66 legiões de espíritos.

Até os dias atuais, nenhuma relação pôde ser feita para o caso, visto que a família ofereceu poucos detalhes sobre seu relacionamento com a jovem, apenas que ela era cristã e não tinha vícios, alegando também um ótimo ambiente familiar.

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

Outro detalhe notado foi a posição do braço direito de Larissa, elevado em vez de estar caído, e sua mão fazendo o sinal de “figas”, um gesto usado em algumas crenças para afastar o olho gordo e o azar.

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

Apesar das suspeitas da família, das teorias compartilhadas na internet e da natureza sobrenatural do caso, após meses de investigação, a polícia concluiu que a adolescente havia realmente cometido suicídio.

A delegada Denise Gobbi Szakal, da Delegacia de Defesa da Mulher, relatou que a investigação verificou o celular de Larissa. 

A menina havia pesquisado métodos para cometer suicídio, além de pesquisar sobre demônios e cartas psicografadas por mortos.

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

A investigação também verificou as câmeras de segurança da empresa. As filmagens mostravam Larissa entrando na sala de arquivos por volta das 17h, onde ninguém mais teve acesso até o momento em que a encontraram sem vida.

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais/São Carlos Agora

A conclusão do caso ainda deixa muitas perguntas sem resposta: por que Gaap? Houve algum incidente na casa de Larissa? Como a jovem conseguiu escrever em latim - uma língua altamente complexa? E por que “Amo voceis” estava tremido, como se escrito por outra pessoa?

Foto: Reprodução/X/Crimes Reais

Na semana do caso seria o aniversário de 16 anos de Larissa, e ela já havia comprado roupas para a ocasião. Sua morte deixou uma família desolada e uma tristeza profunda para aqueles que a amavam.

EX-FUNCIONÁRIA FAZ RITUAL E DEIXA CRÂNIO HUMANO EM LOJA: “AMEAÇA”

Três pessoas deixaram um crânio humano em frente a uma loja de construções de Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) após denúncia de um suposto ritual espiritual, onde teria sido usado um crânio humano.

Foto: Divulgação/PCMG

Os proprietários do estabelecimento comercial acusaram uma ex-funcionária de ser a responsável pela ameaça, que teria sido motivada por um desentendimento durante a rescisão do vínculo trabalhista.

De acordo com informações do Metrópoles, ao analisar imagens de câmera de monitoramento do local, a PCMG concluiu que o ritual é de autoria da suspeita. Uma perícia confirmou que o crânio é de origem humana.

POLÍCIA CIVIL FAZ OPERAÇÃO CONTRA MULHER QUE DEIXOU CRÂNIO HUMANO EM EX LOCAL DE TRABALHO

Na terça-feira, dia 6 de fevereiro, mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra o trio como parte da Operação Kefali. Eles são acusados pelos crimes de subtração de cadáver, vilipêndio a cadáver e ameaça.

Segundo informações da PCMG, durante a busca na residência da suspeita, os agentes encontraram materiais e roupas utilizadas em rituais, além de imagens de entidades e cordões.

Para a polícia, essas descobertas confirmam as suspeitas de autoria da ameaça. As investigações estão sob responsabilidade da 6ª Delegacia de Polícia de Contagem.

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