Polícia

Redução do número de policiais no ES é maior do que no Brasil

No Espírito Santo há atualmente 7.890 policiais militares em atividade, enquanto que o número ideal seria de 10.992

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação / PMES

O déficit no número de efetivo de policiais militares e civis no Espírito Santo é maior do que no Brasil, de acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado nesta terça-feira (27). 

De acordo com o relatório, no Espírito Santo, o déficit é de 7,1% no número total do efetivo. No Brasil, este número é de 6,8% no encolhimento do quadro profissional na última década. 

No Estado há atualmente 7.890 policiais militares em atividade, sendo que o número ideal seria de 10.992. Isso representa uma defasagem de 3.102 profissionais na ativa no Espírito Santo. 

Já o quadro da Polícia Civil conta com 1.867, sendo que o número ideal seria de 3.063 policiais, o que representa um déficit de 1196. 

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Contratação de novos profissionais 

O secretário de Segurança do Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas, admite os problemas no quadro profissional do Espírito Santo, mas afirma que a deficiência está sendo contornada com a contratação de novos profissionais. 

Para aliviar alguns dos problemas, o governo do Estado utiliza um programa chamado de Indenização Suplementar da Escala Operacional (ISEO), que funciona como uma escala especial de trabalho com o pagamento de horas extras. 

De acordo com o secretário, o molde não é o ideal, mas permite que 470 policiais a mais patrulhem as ruas do Estado todos os dias. Ainda segundo ele, novos concursos foram realizados para aumentar o efetivo da PM. 

"Não é uma solução definitiva, tanto que há um concurso em andamento. A partir de agosto 1.158 soldados começam um estágio operacional já patrulhando as ruas e em outubro, esses 1.158 soldados começam a fazer parte da Polícia Militar para dar mais segurança a todos os capixabas", disse. 

Ricas informa ainda que um novo concurso já foi realizado para novos 60 policiais civis no Estado. 

"Este déficit que existe está sendo contornado através da realização de concursos, com mais 1 mil soldados nas ruas a partir de outubro, mais 60 policiais civis. Também agora um concurso de formação que já foi concluído, 40 delegados, 20 policiais. A situação aqui no Espírito Santo vai ser muito mais confortável" 

População reclama de insegurança

Para quem trabalha com o público, em ruas movimentadas da Grande Vitória, a falta de policiamento significa um aumento da insegurança. É o caso de uma vendedora, que sofreu uma tentativa de assalto à luz do dia, em Vitória.

Ela, que não quis se identificar, conta que o crime ocorreu dentro da loja em que trabalha, por volta de 11h da última segunda-feira (26). Ela relata que chegou a entrar em luta corporal com o suspeito. 

"A princípio eu até achei que fosse alguma brincadeira quando ele chegou exigindo o telefone. A outra vendedora entregou o telefone na mão dele e correu lá para dentro. Eu falei que não ia entregar, ainda recuperei o telefone dela da mão dele, e entramos em luta corporal aqui na loja", contou.  

Ainda de acordo com a funcionária, outras lojas vizinhas já foram alvo de criminosos e que trabalhadores da região já se acostumaram com situações de insegurança. 

"A gente está acostumado a ver isso todos os dias, aqui não tem policiamento. A surpresa é que aconteceu em plena segunda-feira, à 11h da manhã, então a gente não tem segurança aqui. A gente trabalha e fica a mercê". 

*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record 

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