Polícia

Suspeito que pediu a corrida foi quem matou motorista de aplicativo, aponta investigação

De acordo com a Polícia Civil, Weliton teria sentado no banco traseiro do carro e aplicado uma gravata no motorista, que desmaiou

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: divulgação SESP

Weliton Jones da Silva, primeiro preso suspeito de matar o motorista de aplicativo Jonata de Oliveira, de 27 anos, foi quem matou a vítima, de acordo com a Polícia Civil. A informação foi divulgada na quarta-feira (20). 

O suspeito foi preso no último sábado (17) e afirmou aos policiais que não teria participado do crime, apenas solicitado a corrida pelo aplicativo. Foi ele quem indicou aos policiais o local onde o corpo do motorista teria sido desovado. 

De acordo com a Polícia Civil, Weliton teria se sentado no banco traseiro do carro e aplicado uma gravata no motorista, que desmaiou. Logo depois, ele foi levado para o banco de trás, onde foi morto. 

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Também participaram do crime Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito, presos na noite da última terça-feira (19) em uma região rural de Guarapari. 

"O Caio embarca no veículo automotor e fica na parte da frente, no banco do carona. O Weliton se senta no banco traseiro, atrás da vítima e o João Paulo ao lado do Weliton. Então, o Weliton aplica a gravata, o Caio, que está na parte da frente, puxa o freio de mão, e, assim que a vítima desmaia, o Weliton puxa ela para o banco traseiro. O Caio desembarca do veículo e assume a direção do veículo automotor", relata  o titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), delegado Luiz Gustavo Ximenes

Suspeito foi agredido pelo "tribunal do tráfico"

Weliton chegou a ser agredido por traficantes após o assassinato do motorista e foi levado a um hospital por ter ficado ferido. 

Já ciente da participação dele no crime, a polícia foi até o hospital para prendê-lo, mas Weliton recebeu alta e deixou o local instantes antes da chegada dos policiais. Ele contou aos policiais onde estava o corpo da vítima. 

Na primeira versão, ele disse que os comparsas teriam jogado o corpo de Jonatas no Rio Santa Maria. Os bombeiros foram mobilizados com equipamentos específicos para retirar possivelmente o corpo da água. 

No entanto, no caminho, Weliton mudou a versão e contou onde o corpo realmente estava, em uma área de mata às margens da Rodovia ES-120, no bairro Padre Mathias, em Cariacica.

Trio é especializado em roubo de veículos, diz delegado

De acordo com Ximenes, o trio tinha a intenção de roubar duas motocicletas, mas logo depois, os suspeitos decidiram roubar um carro por aplicativo. Ele relata que os homens são especializados em roubo de veículos.

"Eles decidiram cometer o crime pela vulnerabilidade da vítima. Essa associação tem cometido vários roubos na região, são agentes contumazes. Eu já entrei em contato com três vítimas. Elas disseram que vão comparecer na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos para darmos início ao inquérito policial e vamos investigar estes outros crimes", disse.

Vítima teve cartão de crédito, celular e R$ 10 roubados

Foto: Acervo de família

Um dos três suspeitos de matar o motorista de aplicativo Jonata de Oliveira, de 27 anos, ficou com apenas R$ 10 como resultado do crime. Os homens também levaram o telefone celular e o cartão de crédito da vítima.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam junto à agência bancária da vítima, para apurar se o cartão de crédito de Jonata foi ou não utilizado pelos criminosos.

"Eles falaram que tentaram utilizar o cartão de crédito, mas que o João Paulo ficou em casa e o Caio e o Weliton foram transitar com o veículo automotor", afirmou Ximenes. 

Suspeitos foram presos após denúncias anônimas

Foto: Divulgação / Polícia Civil

O delegado relatou que João Paulo e Caio foram presos após várias denúncias anônimas. De acordo com ele, algumas eram desencontradas e davam conta de que os homens estavam em Cariacica.

Depois disso, o dono de uma propriedade na região rural de Guarapari alertou os policiais sobre o paradeiro dos suspeitos, que, de acordo com o delegado, não resistiram à prisão.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de latrocínio consumado, associação criminosa e ocultação de cadáver.

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