Polícia

Presos suspeitos de envolvimento em esquema bilionário de sonegação de impostos no setor de café

Deflagrada em quatro Estados, a Polícia Civil cumpriu mandados em Colatina, Vila Velha e Vitória

Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Quatro pessoas foram presas, nesta terça-feira (16), durante a Operação Expresso, deflagrada no Espírito Santo, Paraná, São Paulo e Minas Gerias. Cerca de 40 policiais participaram da ação no Espírito Santo. As equipes cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão, em Colatina, Vila Velha e Vitória. 

As buscas resultaram na apreensão de veículos de luxo, joias e dinheiro. Ao todo, foram apreendidos cinco carros, R$ 4.640,00 em espécie, cheques de alta quantia, joias avaliadas em cerca de R$ 300 mil, duas armas de fogo, telefones, computadores e documentos relacionados à compra e venda de café.

Segundo o titular da Divisão de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Diccor/ES), delegado Marcus Vinicius, dentre os detidos no Espírito Santo estão três homens e uma mulher. Ela foi presa em Vila Velha, por cumprimento de mandado de prisão, já os rapazes foram presos em Colatina. Um deles por porte ilegal de arma.

"Os documentos e eletrônicos apreendidos serão encaminhados para a Polícia Civil do Paraná, que conduz as investigações. As informações obtidas a partir desse material são muito importantes para a continuidade das investigações. Os detidos permanecerão no sistema prisional do Espírito Santo, à disposição da Justiça”, afirmou o delegado. 

Divulgação/ Polícia Civil
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Ação integrada

A força-tarefa responsável pela Operação Expresso é coordenada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), com apoio da Receita Federal do Brasil, das Receitas Estaduais do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, dos Ministérios Públicos do Paraná e Minas Gerais, das Polícias Civis do Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais e da Polícia Científica do Paraná.

No Espírito Santo, a ação contou com equipes da Delegacia Especializada de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), Delegacia Especializada de Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da Delegacia Regional de Colatina.

A ação investiga um esquema bilionário de sonegação fiscal no ramo de comercialização de café em grão, bem como crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa. 

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As investigações apontam que atacadistas e corretores de café de Londrina e região possibilitavam a aquisição do café em grão cru, comercializado por cooperativas e produtores rurais de Minas Gerais e do Espírito Santo, com o uso de notas fiscais falsas.

Levantamentos iniciais apontam que os valores devidos aos cofres públicos podem ultrapassar R$ 1 bilhão em impostos estaduais e federais, multas e correção monetária, somando-se os prejuízos nos quatro Estados onde a organização atuava.