Polícia

Após 20 anos, empresário acusado de mandar matar esposa vai a júri popular

O crime aconteceu no dia 31 de outubro de 2001. Na época, o empresário tinha 50 anos e era dono de um posto de combustíveis em Cariacica

Foto: Divulgação

O empresário Sérgio Gaudio, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) pelo feminicídio triplamente qualificado da companheira, em 31 de outubro de 2001, será julgado pelo Tribunal do Júri no Fórum de Vitória, na sexta-feira (18).

Ele é acusado de ser o mandante do assassinato da então companheira, Vanuza de Barros, atingida por dois disparos quando deixava uma clínica de estética onde trabalhava, em Jardim Camburi, Vitória

Na época, o empresário tinha mais de 50 anos e era dono de um posto de combustíveis. Segundo o Ministério Público, ele mantinha um relacionamento possessivo e violento com a vítima há quase dois anos e cerca de um mês antes da morte da companheira, descobriu um caso de infidelidade. 

Após a descoberta, no entanto, o empresário fez um seguro de vida para ela, constando como único beneficiário. Depois do crime, o então empresário chegou a entrar na Justiça para receber o valor do seguro.

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Desde o início das investigações, o empresário foi apontado como suspeito do crime. O posto de gasolina dele, no bairro Boa Sorte, em Cariacica, era considerado o ponto de encontro de pistoleiros acusados de diversos crimes. 

Entretanto, o caso teve uma reviravolta quando foram apreendidas duas armas com o sócio do denunciado. O exame de balística comprovou que uma delas foi utilizada para assassinar a vítima e, com isso, o empresário foi indiciado como mandante do feminicídio.

Após a pronúncia do réu, a defesa dele interpôs diversos recursos no Tribunal de Justiça e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, de forma a protelar o processo, que agora caminha para o desfecho com a realização do Tribunal do Júri. 

O que diz a defesa do empresário

Em conversa com a equipe de reportagem do Folha Vitória nesta manhã, a defesa de Sergio Gaudio, representada pelo advogado Jorge Benedito Florentino, afirmou que tudo não passou de uma armação. 

"Nós vamos provar a inocência dele para os jurados, vamos provar que ele não tem nada a ver com isso, que foi uma armação. Temos provas, cartas de amor, tudo para mostrar que eles viviam em harmonia. Quem vive mal com o marido não vai mandar cartas", afirmou o advogado. 

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