Polícia

Criança morta pela mãe: corpo continua no DML e avô não tem condições de vir ao ES

O pai de Drielli Figueiredo mora na Bahia, segundo ex-namorado da suspeita. O pai da criança assassinada está preso no Paraná

Foto: Luana Damasceno

O corpo da criança que foi morta pela própria mãe, na Serra, continua no Departamento Médico Legal de Vitória. De acordo com os funcionários, nenhum familiar apareceu no local para realizar a liberação até o final da manhã desta segunda-feira (7).

Gabriel tinha sete anos e, segundo a Polícia Civil, foi morto pelas mãos da própria mãe. O corpo foi encontrado manhã de domingo (06), dentro da casa da família, no bairro Nova Carapina II.

Segundo um ex-namorado da suspeita, que não quis ser identificado, o corpo de Gabriel ainda deve demorar alguns dias para ser liberado porque o avô da criança, o parente mais próximo, mora na Bahia e não tem condições financeiras para arcar com uma viagem ao Espírito Santo.

Uma tia de Drielli compareceu ao DML no início da tarde para tentar liberar o corpo, mas por ser parente de segundo grau do menino, ela precisaria de uma autorização especial para conseguir a liberação.

O que diz a Polícia Civil

Segundo a Polícia Civil, a liberação de corpos no Departamento Médico Legal deve ser feita por familiar de primeiro grau (pai, mãe, filho maior de idade, irmão maior de idade ou cônjuge), ou por outra pessoa com autorização judicial. 

O homem ainda revelou detalhes sobre o comportamento da mulher e disse que a relação entre ela e os filhos sempre chamou a atenção de quem conhecia a família.

O relacionamento com Drielli durou pouco e teve fim devido ao descontrole dela. Segundo ele, a mulher, mesmo grávida, costumava ingerir bebidas alcoólicas e usar entorpecentes.

O rapaz afirmou que, preocupado com esse comportamento, procurou no dia 16 de dezembro do ano passado, o Conselho Tutelar da Serra, mas apesar da denúncia, não teve nenhuma resposta.

Mulher confessou o crime

A mãe de Gabriel confessou o crime. Durante o depoimento, que durou seis horas, Drielli Figueiredo disse que matou o filho asfixiado com um travesseiro. Para não levantar suspeitas, ela teria envolvido o filho em lençóis e ocultado o corpo embaixo da cama.

Para os vizinhos, a mulher contou que a criança estava na casa do pai. Só que o homem está preso no Paraná e isso causou desconfiança entre os populares.

Drielli tem apenas 28 anos. Apesar da pouca idade, a jovem é mãe de cinco filhos e está prestes a dar à luz ao sexto. Com ela, morava Gabriel e o irmão, de 6 anos. Gabriel era bastante querido e tido como um menino tranquilo.

De acordo com a Polícia Civil, Drielli Figueiredo foi autuada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e posse de entorpecentes para consumo próprio.

*Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/ Record TV