Pai cai em golpe ao comprar videogame de presente para os filhos de falso policial federal
A vítima iria presentar os filhos com o videogame. Segundo Hudon Izidorio, o suspeito se apresentou com um policial federal
Um morador da Serra perdeu R$ 1.200 após ser vítima de um golpe na internet. O rapaz comprou um videogame de um homem que se passou por policial federal no Espírito Santo. O golpista forjou a venda dentro de uma agência dos Correios. A vítima nunca recebeu o produto.
Hudson Izidorio contou que iria presentear os filhos com o videogame no aniversário deles, que está próximo. Ele se planejou, juntou dinheiro para comprar o aparelho e, quando viu o anúncio por um bom preço na internet, resolveu negociar.
"Eu vi o anúncio, peguei o contato e chamei ele pelo Whatsapp. O valor era R$ 1.400, mas negociei e ele baixou para R$ 1.200", disse.
Com medo dos golpes que existem na internet, o rapaz se precaveu e pediu várias provas de que a encomenda era verdadeira. Durante as negociações da compra, ele recebeu um vídeo. Nas imagens, o aparelho e sete jogos aparecem sendo embalados por uma mulher que se passa por uma funcionária dos Correios.
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Segundo a vítima, o suspeito se identificou como Fernando e disse ser policial federal. Ele chegou a mostrar em um dos vídeos uma carteira de identificação da PF.
Depois de ver o comprovante de envio do produto Hudson se sentiu mais tranquilo. A parte superior do papel indica que a mercadoria foi enviada em uma agência dos Correios de Afonso Cláudio. Na descrição do produto, há até o peso do videogame e dos jogos.
Além disso, segundo a vítima, o suspeito passou o telefone para a suposta funcionária da agência, que confirmou que era tudo verdade.
"Eu pedi para falar com a menina da agência. Não sei se falei com ela ou outra pessoa. Eu pedi para ela falar o endereço da agência, ela se atrapalhou. Eu questionei, ele pegou o telefone e disse que era policial federal e que, por isso, a mulher teria ficado nervosa", contou.
O comprovante dos Correios não possui o número da agência e não tem o CNPJ da empresa. Detalhes que, no momento da mensagem, Hudson não percebeu.
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A vítima pagou o valor de R$ 1.200, referente a compra do videogame e só desconfiou do crime quando percebeu que a mercadoria não chegava. A previsão inicial era que o produto postado na tarde desta quarta-feira chegasse em três horas.
Hudson, então, resolveu cobrar do golpista. O suspeito, segundo a vítima, pediu mais um valor.
O golpe foi uma grande decepção para o pai, que não conseguirá entregar o presente prometido aos filhos.
"Eu não tenho mais dinheiro para dar presente para os meus filhos. Agora é só Deus. É um dinheiro que vai fazer muita falta", lamentou.
Caso é investigado pela polícia
Em nota, os Correiros informaram que os comprovantes apresentados não foram emitidos pelo órgão. Em uma análise preliminar, constata-se que se tratam de falsificações, uma vez que os documentos não apresentam informações básicas e cruciais, tais como o código de rastreio de objeto e elementos de identificação da marca da empresa. Nesses casos, os Correios orientam os clientes a prestarem informações às autoridades policiais.
A Polícia Federal disse que o homem não faz parte da corporação. A Polícia Civil disse que o caso é investigado pelo 13º Distrito Policial, na Serra, e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada.
As pessoas que tiveram informações que possam auxiliar nas investigações podem entrar em contato por meio do Disque-Denúncia 181. O anonimato é garantido e todas as informações recebidas são investigadas.
A reportagem tentou entrar em contato com o número de telefone do suspeito, mas um recado eletrônico da operadora informa que o contato não pode receber ligações.
*Com informações da repórter Nathalia Munhão, da TV Vitória/Record TV.
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