Polícia

Julgamento de diplomata acusado de matar a esposa continua nesta quinta

A sessão será retomada a partir das 10 horas, com a fase de debates e em seguida a sentença final

Foto: Reprodução

O julgamento do espanhol Jesús Figon Leo, acusado de matar a esposa Rosemary Justino Lopes, deve terminar nesta quinta-feira. O primeiro dia da sessão começou na manhã de quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, e terminou pouco depois de 22h30, após o réu prestar depoimento por mais de seis horas.

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A sessão, que acontece no Fórum Criminal de Vitória, no centro da Capital, será retomada a partir das 10 horas, com a fase de debates e em seguida a sentença final. 

O salão do júri é composto por sete jurados, que decidirão a sentença, e além do diplomata, presente por meio de uma tela no meio do salão, também há promotores de Justiça e a defesa do réu.

Passado o julgamento, mesmo que Jesús Figon seja condenado no Brasil, ele pode não ser preso na Espanha. Isso acontece porque a Justiça internacional não é igual em todos os países. 

O promotor explica que o resultado de um julgamento aqui, pode não ser aceito na Espanha por vários motivos, dentre eles, as diferenças de leis.

"Mesmo que seja decretada uma prisão, ele vai continuar solto na Espanha, a não ser que a gente tenha a sensibilidade do Estado espanhol de entender que haja a reciprocidade e espelhamento de legislação e execute a pena lá", explicou o promotor de justiça Leonardo Augusto Cézar.

Réu alega que mulher era alcoólatra

Foto: Marcelo Pereira / Arquivo Pessoal

Rosemary, de 56 anos, foi morta em maio de 2015 dentro do apartamento em que morava com o esposo, no bairro Jardim Camburi, em Vitória.

Os dois foram casados por 30 anos e Jes´´us era chefe de polícia de alta patente na Espanha, até que, em meados dos anos 2000, foi nomeado diplomata da Espanha no Brasil.

Enquanto esteve no Brasil, Jesús Figon Leo atuava em Brasília investigando espanhóis que cometiam crimes em território brasileiro. Segundo o depoimento prestado pelo réu, a convivência com Rosemary era difícil porque ela tinha problemas psiquiátricos e era alcoólatra.

Um dia depois do crime ele se entregou à polícia confessando o assassinato, mas chegou a mudar de versão ao longo do processo. Em 2017, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a devolução do passaporte do diplomata para que ele voltasse ao país de origem e assim ele fez.

Desde então, Jesús se encontra na Espanha e participou do julgamento nesta quarta por videoconferência. 

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