Polícia

Com medo de ser preso, Marujo dormia de 2 a 3 horas por dia

Delegado contou que a operação que prendeu o traficante foi realizada em um horário diferenciado para não levantar suspeitas de Marujo

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
Foto: reprodução vídeo

O criminoso mais procurado do Espírito Santo, Fernando Moraes Pereira Pimenta, o Marujo, dormia apenas três horas por dia para não ser preso, segundo investigação da Polícia Civil.

Ele foi localizado e preso na manhã desta sexta-feira (08), no bairro Bonfim, em Vitória. 

Marujo estava foragido desde 2017 e tinha diversos mandados de prisão em aberto por homicídio, tráfico de drogas, associação ao tráfico e organização criminosa. 

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Segundo o delegado Romualdo Gianordoli Neto, da Superintendência de Polícia Especializada (SPE) da Polícia Civil, em entrevista para a TV Vitória/Record, o traficante evitava descansar com medo de ser localizado. 

"Ele não dormia. Na rotina dele, ele praticamente não dormia. Fizemos a operação para chegar mais ou menos às 8 horas, que era um horário que ele descansava, porque é um horário que não tem muita operação policial, já que elas acontecem pela madrugada. Ele dormia de duas a três horas por dia", explicou Gianordoli.

Marujo, ainda segundo o delegado, não tinha o hábito de andar pela Capital. Ele circulava apenas pelo bairro Bonfim, onde a família mora e, esporadicamente, pela região de São Benedito, também em Vitória.


Marujo estava na lista dos mais procurados do país

Com seis mandados de prisão em aberto, Fernando Marujo era o criminoso mais procurado do Espírito Santo e também integrava a lista dos mais perigosos do país, divulgada pelo Ministério da Justiça.

Marujo foi preso na manhã desta sexta-feira durante uma operação, que aconteceu por volta das 8h, horário em que, segundo a polícia, ele costumava descansar. A prisão do traficante foi comemorada por policiais que estavam na operação.

Apontado pela polícia como chefe do tráfico de drogas na região do Complexo da Penha, segundo a polícia, Marujo também era um dos líderes do Primeiro Comando de Vitória (PCV), organização criminosa que atua e aterroriza comunidades do Bairro da Penha, Bonfim, São Benedito, Consolação, Gurigica e Itararé.

A Sesp informou que equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil da Capital estão atentas para possíveis ataques criminosos após a prisão.

*Com informações do repórter André Falcão, da TV Vitória/ Record 

LEIA TAMBÉM: Marujo: bunker de chefão do crime tinha cilindro de oxigênio e fuzil