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Polícia aponta que "Gui Capeta" foi autor do disparo que matou idoso em hospital de Vitória

O idoso estava internado quando foi baleado. A polícia concluiu as investigações e indiciou ao todo nove pessoas, sendo dois adolescentes

Redação Folha Vitória

Foto: Divulgação
Gui Capeta foi indiciado pela morte de Daniel, que estava internado em hospital

A Polícia Civil informou que Guilherme de Oliveira Florentino, conhecido como Gui Capeta, de 22 anos, foi o responsável por efetuar o disparo que matou o idoso Daniel Ribeiro Campos, de 68 anos, que estava internado em um hospital de longa permanência, na Avenida Leitão da Silva, em Vitória, em junho de 2023.

A polícia concluiu as investigações do caso e indiciou nove pessoas, sendo dois menores de idade.

O idoso estava internado no hospital havia 2 anos quando foi baleado. O disparo foi resultado de uma troca de tiros entre traficantes e policiais no Morro do Jaburu, na madrugada de 25 de junho do ano passado. 

O chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, afirmou que Guilherme confirmou que estava presente no confronto, mas tentou omitir o fato de que a arma utilizada para matar o idoso era dele. 

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O delegado informou ainda que Guilherme foi o mandante dos ataques que ocorreram naquela madrugada. 

"Ele confirma que estava no dia, confirma que a arma era dele. Ele não fala que atirou, se omitiu, mas está comprovado que ele atirou, porque no local tinha cápsula e a arma foi apreendida com ele. Juntando os outros elementos, nós constatamos não só que ele é responsável por atirar, como também foi responsável por ordenar que se iniciassem aqueles ataques", disse.  

Gui Capeta foi preso em Guaraná, distrito de Aracruz, na região Norte do Espírito Santo, junto com a arma. 

Confronto aconteceu por conta de morte de adolecente

O confronto foi motivado pela morte de um adolescente que, na noite do fato, deu entrada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência com sinais de espancamento. 

O delegado afirma que Guilherme disse aos comparsas que o jovem teria sido vítima de policiais militares. 

"Este fato todo ocorreu por conta de um indivíduo que também era ligado ao tráfico do bairro, que naquele dia teria dado entrada em um hospital com sinais de espancamento, quando os seus comparsas começaram a afirmar que teriam sido policiais militares que teriam agredido este rapaz."

Durante a madrugada, um carro foi incendiado, além de vários estabelecimentos terem sido atingidos por disparos. Uma viatura da Guarda Civil Municipal também foi atingida. 

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Em vídeos obtidos pela investigação, é possível ver dois suspeitos armados e com material inflamável, utilizado para incendiar o veículo. 

Investigação longa e nove suspeitos indiciados

Nove pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil, entre eles dois adolescentes, pela morte do idoso. Dos sete adultos, três já foram presos e quatro seguem foragidos. 

A investigação ocorreu por duas etapas. Os policiais foram ao morro e recolheram as cápsulas. Logo depois, realizaram análise balística para confirmar qual arma foi utilizada para o crime. 

"Conseguimos traçar a trajetória de onde estes disparos foram realizados, a partir daí recolhemos c´ápsulas em três pontos do morro e, com o sistema balístico, conseguimos identificar estas armas. Posteriormente, cada indivíduo foi preso com essas armas e através dos laudos e comparações e outras provas, como imagens de videomonitoramento, testemunhas, conseguimos apontar sem sombra de dúvidas que esses sete indivíduos são os autores do crime", afirmou o delegado. 

Ainda segundo Cavalcanti, as próprias enfermeiras do hospital teriam se surpreendido com os disparos e com o fato de o idoso ser baleado dentro do hospital. 

"As enfermeiras do hospital ficaram surpreendidas com a vítima ter sido atingida por aquele disparo de arma de fogo, que transfixou a parede. A Polícia Civil, juntamente com a Polícia Técnico-Científica, passou a diligenciar o morro, quando passamos a recolher cápsulas que posteriormente identificamos quais foram as armas usadas no crime".

Estão foragidos:

Caio da Silva Batista, 26 anos

Foto: reprodução/sesp
Caio da Silva Batista

Paulo Henrique da Silva, 24 anos

Foto: reprodução/sesp
Paulo Henrique da Silva

Júlio César Bispo Pires, 21 anos e Hykelmy Ribeiro de Souza, 19  anos

Foto: reprodução/sesp
Júlio César Bispo Pires e Hykelmy Ribeiro de Souza

Estão presos: 

Weverton Souza Mendes, 22 anos

Foto: reprodução/sesp
Weverton Souza Mendes

Guilherme de Oliveira Florentino, 22 anos e Marcelo Henrique Guimarães, 19 anos 

Foto: reprodução/sesp
Guilherme de Oliveira Florentino e Marcelo Henrique Guimarães

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*Com informações do repórter Vitor Zuccolotti, da TV Vitória/Record