Polícia

Motorista que atropelou e matou ciclista na Praia de Camburi se recusou a fazer teste do bafômetro

Após prestar as primeiras informações a polícia, a mulher foi encaminhada para Delegacia de Vitória para mais esclarecimentos sobre o caso

Foto: Alice Mourão | TV Vitória

A ciclista que morreu atropelada na noite de sexta-feira (16), na Avenida Dante Micheline, na Praia de Camburi, em Vitória, foi identificada como Luisa Lopes. Ela era modelo e passista da escola de samba Jucutuquara. A motorista do carro envolvido no acidente se recusou a fazer o teste do bafômetro. 

Imagens registradas por testemunhas mostram a motorista do carro, que permaneceu no local do acidente junto à Polícia Civil e Militar. Ao se recusar a fazer o teste do bafômetro, a mulher foi orientada por um policial que seria encaminhada para a delegacia. 

De acordo com relatos de quem presenciou o acidente, a motorista e uma passageira aparentam estar embriagadas, pois apresentavam dificuldades para falar e sussurravam palavras sem sentido.

Após prestar as primeiras informações a polícia, a mulher foi encaminhada para Delegacia de Vitória para mais esclarecimentos sobre o caso. 

O corpo de Luisa foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, onde a família esteve, na manhã deste sábado(16), para realizar a liberação.

"Parecia que um pneu havia estourado", diz testemunha do atropelamento

A técnica de Enfermagem Lilian Amorim Roque caminhava no calçadão de Camburi com o esposo, quando presenciou o atropelamento.

"Escutamos um barulho muito forte. A impressão ´´e que um pneu havia acabado de estourar. Atravessei a pista correndo para ver o que era. Não esperava encontrar aquela senhora. Ela estava atrás do pára-choque do carro. Ela estava viva. Peguei no braço dela, tinha pulsação. Ligaram para o Samu. Ficamos perto dela, prestando conforto para ela. Nossa intenção foi protegê-la no asfalto. Eu segurei a mão dela o tempo todo. Ela foi socorrida. O Samu quando chegou, ela ainda estava viva. Eles usaram o ressuscitador. Ela estava muito machucada, havia muito sangue, principalmente na cabeça", relata.

Lilian disse que as moças do carro estavam em estado de choque.

"Elas não tentaram fugir mas aparentemente estavam em choque, sem entender que havia uma pessoa ali atrás do carro, que havia uma vítima. Eu perguntei se elas precisavam de ajuda. Fizeram um gesto que estavam bem, estavam no celular. Eu pedi a elas uma roupa, uma toalha para cobrir a vítima para manter a temperatura da ciclista. Eu trabalho em UTI pediátrica e fiquei muito abalada em lidar com uma vítima de um acidente nessa escala", relembra.