O ex-marido da diarista Maria Madalena dos Santos, de 38 anos, morta no bairro Jardim Carapina, na Serra, em 19 de junho de 2019, foi condenado, nesta quarta-feira (5), a 27 anos de prisão. A decisão contra o réu Jean Silva dos Santos aconteceu em júri popular.
Jean foi condenado por homicídio consumado e qualificado por motivo torpe e feminicídio. À época do crime, as investigações apontaram que a diarista seguia para o trabalho e, quando entrava em um carro, foi abordada pelo homem, arrastada e baleada.
A vítima já contava com duas medidas protetivas contra o acusado. No dia seguinte ao assassinato, a polícia prendeu Jean na casa de parentes em Cariacica. Com ele foi apreendida a arma usada no crime.
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A primeira medida foi solicitada em janeiro de 2015. O pedido foi deferido pela juíza que analisou o caso poucos dias depois.
O ex-companheiro de Maria Madalena ficou proibido de entrar em contato com a vítima, e deveria manter uma distância mínima de 1 km da mulher.
Segundo a Justiça, Maria não foi encontrada no endereço fornecido para ser notificada sobre as medidas concedidas e, por isso, em julho de 2016, a medida protetiva foi revogada.
Ainda segundo a Justiça, Jean ficou preso entre janeiro de 2015 e abril de 2019 por agressões contra a mulher, e uma tentativa de homicídio.
Segundo a Polícia Civil, a vítima procurou o plantão da Delegacia da Mulher e relatou que Jean tinha ido até a residência onde morava fazer ameaças.
Na ocasião, a diarista solicitou outra medida protetiva de urgência, mas, segundo a Polícia Civil, ela preferiu não ir para a casa abrigo. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso.
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Já de acordo com o Tribunal de Justiça, no dia 29 de maio daquele ano, o juiz determinou encaminhamento de ofício à polícia para a realização de diligências no prazo de 48 horas, com o objetivo de apurar o que Maria Madalena tinha relatado. Porém, de acordo com o Tribunal, não houve resposta a este ofício.
Jean Silva dos Santos foi preso na manhã de 20 de junho de 2019, em Cariacica. Com ele, os policiais encontraram a arma do crime, uma pistola 380 e 21 munições. Em depoimento à Polícia Civil, ele confessou o crime e disse que as munições seriam usadas para matar o namorado da diarista.