Polícia

PM que matou músico já tinha ocorrências por "algazarra" em condomínio de Jardim Camburi

A informação foi repassada pelo titular da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa, delegado Marcelo Cavalcanti, nesta terça-feira (18)

Foto: Reprodução

O soldado da Polícia Militar, Lucas Torrezani de Oliveira, que matou o músico Guilherme Rocha, de 37 anos, em uma discussão por causa do som alto em um condomínio do bairro Jardim Camburi, em Vitória, possuía histórico de ocorrências no prédio. O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira (17). 

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´Durante uma coletiva nesta terça-feira (18), o titular da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa, delegado Marcelo Cavalcanti, disse que o suspeito tinha pelo menos outras duas ocorrências pelo som alto na porta do condomínio. 

“O suspeito saía do hall do prédio dele e ia para o hall do prédio da vitima com amigos para consumir bebidas e fazer algazarras.  Foi constatado que existem, pelo menos, duas ocorrências em que a vítima e os moradores reclamam da situação feita pelo acusado”, explico Cavalcanti.

Câmeras de videomonitoramento, presentes no local, flagraram toda a ação. A vítima sai e parece discutir com o policial e o amigo dele. Logo, o soldado de folga saca a arma. O amigo do policial parece empurrar a vítima e, em seguida, o rapaz cai no chão ferido.

Ainda segundo Cavalcanti, as imagens deixam claro que o suspeito não agiu em legítíma defesa. “Pelo contrário, ele executou a vítima de forma cruel, sem possibilitar um meio de defesa”, descreve. Veja:

Associação dos Cabos e Soldados da PM se pronuncia 

Após a ação, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo, informou, por meio de uma nota, que está acompanhando o caso. 

Entretanto, o militar envolvido no caso está sendo acompanhando por um advogado particular e não possui vínculo com a ACS, visto que ele não é associado da instituição. 

Segundo o delegado Marcelo Cavalcanti, a prisão do policial possui o prazo de 30 dias, entretanto o prazo para a conclusão do inquérito pode chegar até 60 dias. 

De acordo com o Major Alves Crist, da Polícia Militar, nos próximos passos a investigação é competência da Polícia Civil. 

“A ação foi realizada por um militar não estando em serviço. Diante disso, a competência é da Civil. Além disso, ao final do inquérito, também realizaremos uma apuração paralela administrativa do caso”, finaliza o Major.  

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Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtor Web
Produtor Web
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória