Após confessar ser responsável pelo assassinato de Fabrícia Pires Ramos, de 44 anos, um adolescente de 17 anos chocou os policiais com a frieza da ação. Ele contou ter ido para casa dormir logo depois de matar a mulher a tiros.
Fabrícia estava desaparecida desde o domingo de Páscoa, há quase um mês, em Aracruz, região Norte do Espírito Santo. Para os policiais, o adolescente informou que a vítima apareceu em um ponto de drogas que ele estava, para comprar entorpecentes.
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De imediato, o menor teria desconfiado que Fabrícia seria, na verdade, de uma facção rival de tráfico de drogas.
“A mulher pediu um tipo de droga que não era vendido no local. A partir disso, ele suspeitou que a vítima poderia ser integrante de uma facção rival e que talvez pudesse estar ali para colher informações do tráfico da região, para um possível ataque. Isso, por si só, o fez acreditar que seria motivo suficiente para tirar a vida dessa pessoa”, comentou o delegado André Jaretta, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz.
Na sequência, o menor, então, teria a enganado, falando que a levaria para outro ponto de droga buscar o entorpecente que a vítima havia solicitado.
No carro onde Fabrícia estava, o adolescente assumiu a direção e, no caminho, atirou contra a mulher. O delegado André Jaretta explica que, depois de ter atirado, o suspeito teria deixado o corpo da vítima na rua e ido para casa dormir.
“O mundo do crime é cruel, a sociedade precisa entender que o crime é covarde, traiçoeiro. Esses indivíduos não são vítimas da sociedade, pelo contrário, eles banalizam as vítimas, sem nenhum sentimento. Igual nesse caso, o menor pegou o carro da vítima e foi para casa dormir depois do crime”, disse.
Adolescente voltou para queimar o corpo
No dia seguinte, ainda segundo a confissão do adolescente, ele teria voltado ao local do crime e ateado fogo no corpo de Fabrícia.
“Na manhã seguinte, ao acordar, ele voltou ao local, pegou o corpo da vítima, colocou no banco de trás do carro que ela mesma dirigia anteriormente, a levou até a área mais afastada, jogou gasolina em cima do corpo e ateou fogo”, comentou o delegado.
Poucos dias após o crime, os militares chegaram a avistar o carro utilizado pela vítima com dois suspeitos. Em uma tentativa de abordagem, os bandidos fugiram e capotaram o veículo.
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Os policiais militares realizaram as buscas e os suspeitos conseguiram fugir, no entanto, um deles, o adolescente, foi apreendido na quinta-feira (25). Ele foi encontrado em uma casa, tentou fugir, mas não conseguiu.
“Ele já disse que sabia porque os policiais militares estavam atrás dele e confessou o crime bárbaro, indicando onde estaria o corpo da vítima”, contou o tenente Farias, comandante da 3ª Cia do 5° Batalhão da PMES.
Ele informou ainda aos policiais que agiu sozinho e levou as equipes para onde estava o corpo da vítima. O caso ainda segue em investigação para identificar outros possíveis envolvidos do crime.
“Investigações persistem, vão continuar e, caso tenham outros envolvidos, serão detidos”, disse o delegado André Jaretta.