Polícia

Defesa pede liberdade para advogado preso por matar empresário na Mata da Praia

O advogado Leonardo Gagno defende que Luis Hormindo França Costa fique em liberdade, com aplicação de medidas cautelares

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram

A defesa de Luis Hormindo França Costa, de 33 anos, autor dos disparos que mataram o empresário Manoel de Oliveira Pepino, de 73, em uma troca de tiros na Mata da Praia, em Vitória, no dia 20 de abril, pediu a liberdade do advogado. 

O advogado de Luis Hormindo, Leonardo Gagno, defende que ele fique em liberdade com aplicação de medidas cautelares.  O pedido foi feito na última quinta-feira (25).

Gagno informou que também pedirá algumas diligências dos autos, que envolvem laudos para serem anexados ao inquérito, como análise balística e da cena do crime, além do laudo cadavérico.

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A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) informou que o suspeito segue preso na Penitenciária de Segurança Média desde o dia seguinte ao crime. 

Na tarde da última quinta-feira, a viúva de Manoel Pepino, Marília Pepino, prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória (DHPP). 

Manoel Pepino, que foi morto em uma troca de tiros na Mata da Praia, teria discutido com Luis Hormindo após ter sido questionado sobre passear com o cachorro sem coleira. O empresário era tutor de um cão da raça malamute do Alasca chamado Lobo.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estava com a esposa e Lobo, sem coleira, passeando por uma rua do bairro. O advogado também estava passeando com um cão, na coleira, quando questionou Manoel sobre o perigo do outro animal avançar em seu pet.

Luis informou aos militares que, em outra ocasião, o cachorro do empresário já teria atacado. No entanto, o diálogo acalorado logo virou uma troca de tiros.

De acordo com o relato de Luis à polícia, o empresário começou a efetuar diversos disparos e, também portando uma arma, o advogado revidou. A correria entre os dois homens, com os disparos, foi parar em outra rua do bairro.

Com os tiros do advogado, Manoel caiu ao chão e já não demonstrava reação. Luis acionou a Polícia Militar e esperou no local. Ele estava com ferimentos leves e precisou ser socorrido.

O advogado mostrou aos policiais a documentação da arma de fogo e informou que foi usada para defesa pessoal. A arma do empresário morto também estava com documentação, que foi apresentada pelo advogado da família à polícia.

Em entrevista à TV Vitória/Record, o advogado Leonardo Gagno disse que Luis estava passeando com o cachorro quando a discussão teve início. Afirmou ainda que advogado atirou contra o idoso, que também estava armado, para se proteger.

"Ele se defendeu. Ele estava passeando com o cachorro quando começou um conflito verbal e a esposa de seu Manoel começou a atacá-lo com palavras. Seu Manoel correu dentro de casa para pegar um revólver e já voltou atirando nele", disse o advogado.

Advogados da vítima contestam legítima defesa

De acordo com os representantes da família do empresário, os advogados Victor Magno do Espírito Santo e Vicente de Paulo do Espírito Santo, as circunstâncias do crime tornam a versão de legítima defesa improvável.

Segundo eles, o suspeito constantemente ameaçava a vítima e sua esposa com xingamentos. Além disso, afirmam que o advogado saiu de casa pronto para executar o empresário.

"O autor do crime, no dia do fato, saiu de sua casa preparado para executar a vítima e para uma intensa troca de tiros, pois portava uma pistola totalmente carregada, além de levar consigo um carregador (pente) extra, tanto é verdade que efetuou mais de 20 disparos, tendo a frieza e tempo para recarregar a arma e continuar os disparos contra o Sr. Manoel, bem como à sua residência e ao seu animal de estimação", afirmam os advogados. 

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*Com informações do repórter Vitor Zuccoloti, da TV Vitória/Record