Viver distante da “cidade grande” tem deixado de ser sinônimo de paz e tranquilidade para os moradores das zonar rurais de Serra, Vila Velha e Cariacica. Nos últimos 30 dias, quem mora nessas regiões da Grande Vitória têm sofrido e presenciado constantes ações da criminalidade.
Um dos casos aconteceu no bairro São Marcos, na Serra. Na ocasião, quatro criminosos armados entraram em uma queijaria e renderam a família. Os assaltantes fizeram a limpa no local.
“Chegaram esses quatro indivíduos fortemente armados. Fizeram revista na gente, pegaram todos os nossos pertences como relógios, anéis, celulares e cordão”, disse uma das vítimas.
O caso aconteceu em abril deste ano e ainda segundo a vítima, os criminosos obrigaram os reféns a entrarem no banheiro do local. “Eles tiraram mais dos nossos pertences e depois levaram a gente para o banheiro. Lá, eles nos amarraram e roubaram coisas do armário”.
Em Cariacica uma quadrilha invadiu uma propriedade na região de Boca do Mato. Além de manter as vítimas sob a mira de uma arma, roubar celulares e eletrodomésticos, o grupo matou quatro vacas e um touro para levar a carne.
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Na região de Retiro do Congo, em Vila Velha, os moradores também tem sentido a presença da criminalidade. Em uma propriedade, um idoso de 73 anos foi amarrado durante um assalto a um sítio.
A dupla obrigou a vítima a deitar com o rosto virado para o chão e durante o assalto eles roubaram botija de gás, ventiladores, cartões de banco e uma quantia de R$ 300.
No mês de abril, a equipe de jornalismo da TV Vitória/RecordTV registrou pelo menos quatro casos de famílias que ficaram na mira de assaltantes. Para a Polícia Militar, esse crescimento de casos em zonas rurais mostra que os criminosos estão migrado as ações da zona urbana para as áreas rurais com o intuito de fugir das ações da polícia.
“Como na região urbana, o policiamento tem obtido resultados positivos, nós temos tido redução dos índices de violência letal e de muitos crimes contra o patrimônio. Com isso, muitos desse criminosos estão migrado para regiões menos movimentadas”, afirmou o chefe da Divisão Operacional CPOM, o Major Menezes.
Ainda segundo Menezes, estes criminosos estão se organizado e usando as regiões mais afastadas em favor deles. A Polícia Militar percebeu que esses assaltos são planejados.
“A rotina de quem mora ou convive nessa região é facilmente observável. O criminoso chega, circula, descobre quantas pessoas moram: caseiros, funcionários e pessoas que trabalham ao redor dessas regiões, que já são distantes dos grande centros, então fica mais fácil para eles atuarem pensando justamente no tempo de reação dos moradores, pois fica mais difícil da polícia detectar o problema antes que eles tenham saído”.
A Polícia Civil informou que os casos são investigados a partir do momento em que as vítimas registram o boletim de ocorrência, tanto de maneira presencial, quanto pela internet.
* Com informações da repórter Jéssica Cardoso, da TV Vitória/RecordTV